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Pai de garota assassinada faz campanha por prisão perpétua

Ieda Rodrigues
| Tempo de leitura: 2 min

O comerciante Hélio Henrique da Silva, pai da estudante Ludmila Ferreira da Silva, 17 anos, que foi assassinada em maio do ano passado numa estrada que liga Bauru a Piratininga, está fazendo campanha pela pena de prisão perpétua para autores de homicídios. Ele está distribuindo panfletos no qual narra o que aconteceu com sua filha e pede apoio de quem compartilha sua proposta de prisão para o resto da vida, com trabalhos forçados, para quem for condenado por homicídio.

Ainda muito abalado com a morte de sua filha, que foi atingida por cinco tiros, ele também pede à população que anule o voto nas eleições.

Para Silva, só através do voto nulo é que o povo conseguirá mostrar que está descontente com os políticos e com as leis brasileiras e, assim, aprovar a lei de prisão perpétua.

O panfleto também tem um espaço para assinaturas das pessoas que concordem com a pena de prisão perpétua no Brasil. Silva, que pede que cada pessoa que concorde com a sua proposta faça cópias do panfleto e distribua-os, quer reunir milhares de assinaturas para fortalecer sua campanha.

Ainda no panfleto, Silva convoca a população para comparecer ao Fórum de Piratininga, no dia 13 de fevereiro de 2002, para acompanhar o julgamento do acusado de matar sua filha, Jeter de Freitas, 23 anos, que está preso. Ele pede que as pessoas levem faixas reivindicando Justiça.

Após a morte da filha, Silva ficou internado por mais de um mês e sofreu uma crise depressiva de quase um ano. Agora, o comerciante, que mora em São Paulo, diz que quer sensibilizar a sociedade para a violência da qual sua filha foi vítima e qualquer pessoa também pode ser.

O rapaz que será julgado em fevereiro, acusado do crime, era ex-namorado de Ludmila.

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