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Retrospectiva 2001 - energia

José Romero P. do Rêgo
| Tempo de leitura: 2 min

O ano de 2001, primeiro ano do novo século, pode ser considerado como um ano decisivo para o Brasil. Apesar da crise energética que enfrentamos e das oscilações cambiais, resultado do estado agonizante de nossa vizinha Argentina, verificamos que estamos atingindo a maturidade e respeito das instituições financeiras e organismos de fomento ao desenvolvimento. Os indicadores econômicos mostram que 2001 foi um ano que apresentou crescimento tímido no PIB, com a atividade industrial do primeiro semestre superior à do ano anterior e os índices de inflação ainda em patamares aceitáveis. É óbvio que o Plano Real, em todos esses anos de consolidação, conseguiu fazer uma pequena distribuição de renda na população propiciando, em conjunto com a escassez de chuvas dos últimos anos, a depressão dos reservatórios e conseqüentemente o início do racionamento de energia.

Toda crise traz consigo um legado de aprendizado e empreendedorismo, e é com este espírito que o brasileiro tem conseguido superar as dificuldades do racionamento, propiciando ao nosso País um futuro brilhante que, além provocar uma melhor diversificação de nossa matriz energética, também fará com que ela cresça sobre a ótica do aproveitamento sustentável dos recursos existentes na natureza. Com o tratado de Kioto e a implantação do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) pelos países europeus, teremos destaque no cenário mundial na absorção dos investimentos com foco na geração de energia com fontes renováveis. A energia eólica, solar e a energia advinda da biomassa terão grandes incrementos em nossa matriz energética, fazendo com que não sejamos tão vulneráveis à pluviometria.

A sinalização de crescimento neste caminho foi verificada no segundo semestre com a alta de encomendas das empresas que produzem equipamentos para geração de energia, principalmente para fontes renováveis, o que gerou um excelente resultado para as indústrias do setor eletroeletrônico. É verdade que teremos dificuldades por mais três anos, 2002 por ser um ano de sucessão presidencial não permitirá que as mudanças aconteçam na velocidade esperada, mas após este período os ventos do desenvolvimento estarão soprando em sentido à bonança de novos tempos. (José Romero P. do Rêgo - gerente de Marketing da Koblitz)

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