Darei uma resposta agora à carta publicada no dia 1.º de fevereiro p.p., não citando o nome do dito cujo, porque tenho sérias dúvidas quanto à sua autoria e procedência. Ele não ofendeu a minha pessoa. Ofendeu a inteligência dos milhares de leitores habituais desta Tribuna. Não sou pessimista; sou realista. Despropositado, descabido, sem coerência e derrotista é todo aquele que aceita tudo que lhe é imposto, sem jamais lutar para mudar a ordem das coisas.
O sujeitinho quer que fiquemos calados assistindo à imensa tragédia bauruense, sem protestar e, ainda, aplaudir. Ora, se não houvesse divergências nem contestações, ainda estaríamos na época das cavernas. E quando o povão começa a protestar é sinal que a coisa já chegou ao fundo do poço.
Só não vê quem não quer. Bauru transformou-se num imenso “Argentinistão†(mistura de Argentina com Afeganistão). Bauru está toda esburacada. Se um satélite tirar fotografia de Bauru, todos pensarão que é a Lua. E a periferia... Nossa! Credo! É o fim do mundo. No começo do século XX a Argentina era a sexta maior economia do mundo. E hoje? Bauru era uma das cidades mais prósperas do interior. E hoje? No Afeganistão proibiram jogos nos estádios de futebol. Em Bauru, neste ano não tivemos Carnaval no Sambódromo. Além de tudo isso, existem verdadeiros “talibausâ€, isto é, talibãs bauruenses que não deixam nossa cidade crescer social, política e economicamente. E as “panelas†nas ruas? Alguém já imaginou milhares de carros batendo com as rodas nessas “panelas†durante todas as horas do dia? Eis aí o “panelaço†bauruense.(José Carlos Felix de Abreu - RG: 9.914.647)