Política

Garmes cobra de Nilson demissão do presidente e dos diretores da Cohab

Nélson Gonçalves
| Tempo de leitura: 2 min

O vereador Toninho Garmes (PSDB) protocolou no final da tarde de ontem, na Câmara Municipal de Bauru, uma indicação ao prefeito Nilson Costa (PPS) solicitando providências para que seja destituído o comando da Cohab-Bauru. O vereador defende que diante das ações judiciais contra a direção da companhia e os prejuízos nos balancetes a Cohab tem de ser liquidada. Ele opina pela tomada de ações em 30 dias e adverte que o chefe do Executivo tem conhecimento das informações, mas até agora se omitiu.

O vereador acrescenta que o próprio prefeito comentou, em entrevista ao JC, que tem consciência da insolvência enfrentada pela Cohab. “O prefeito afirmou que a Cohab de Bauru enfrenta o mesmo problema das companhias no País, sem capacidade de construir e funcionando apenas como intermediária de créditos, o que a coloca sem condições de sobreviver. Só que ele não fez nada até agora e acompanha a Cohab acumular prejuízos”, diz.

Para sustentar suas afirmações o vereador enviou, junto com o ofício, cópias das ações civis públicas protocoladas neste ano pelo Ministério Público (MP) contra a Cohab-Bauru e balancetes que mostram o aumento do prejuízo. Além disso, Garmes menciona que a Cohab não publica balancetes desde outubro do ano passado. “O senhor prefeito tem conhecimento de toda essa situação e sabe que precisa convocar a assembléia geral dos acionistas visando demitir os atuais diretores, os conselheiros e providenciar a liquidação da companhia”, sustenta.

O parlamentar informa que o último balancete conhecido da companhia é de 31 de outubro do ano passado. Nesta data, o prejuízo da Cohab atingiu R$ 22.167.537,94. Garmes argumenta que mesmo depois de dilapidar seu patrimônio para continuar operando e de apresentar prejuízos a Cohab ainda contratou empresas sem licitação. “A diretoria da empresa foi duas vezes acusada de improbidade administrativa e o prefeito não se mexeu, não tomou nenhuma providência”, fala.

Toninho Garmes alerta para o risco do prefeito responder pessoalmente e através de medidas político-administrativas se não agir em relação ao caso. A liquidação da companhia é defendida por outros vereadores. João Parreira de Miranda (PSDB) insiste, há meses, que a Cohab opera no vermelho e que o passivo não suporta o ativo existente. Ou seja, as dívidas são maiores que a soma dos créditos e o patrimônio.

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