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Mães também enfrentam os medos

Luly Zonta
| Tempo de leitura: 2 min

A dentista Mônica Noronha aponta que o medo do escuro sentido pela filha Rafaela começou com a mudança de casa, há dois anos. Mas aponta que o fato de sempre mostrar as coisas à filha como realmente são, contribuiu para essa autonomia.

Entretanto ressalta que em seu consultório já teve sérios problemas com crianças. Em um caso, chegou a dispensar o paciente. Numa outra ocasião, levou nove meses para conseguir tratar um dente de outro paciente. Demorou tanto, que o problema se agravou e o dente precisou ser extraído.

Como profissional, a dentista, que também faz um trabalho com psicologia infantil, aconselha que os pais deixem os filhos entrarem sozinhos no consultório, nunca prometam nada em troca de um tratamento e muito menos coloquem medo na criança antes de uma visita ao dentista. “Jamais digam se não ficar quietinho, eu te levo ao dentista”, declara.

Já a comerciante Claudia Leal Togni, atribui aos inúmeros medos do caçula Gabriel a sua deficiência visual (ele tem 12 graus de miopia). “Os olhos dele são o ouvido. Quando ele me chama, posso até estar perto e olhando para ele, mas enquanto ele não ouve a minha voz, não sossega”.

Ela conta que quando o menino era menor não tinha tantos medos, era até o mais corajoso dos irmãos. Mas agora convive com medo do escuro e até do banho sozinho, quando o barulho do chuveiro lhe impede de ter controle do ambiente.

Segundo Claudia, a ausência do pai, o armador Raul, do Tilibra-Copimax, também foi um fator que desencadeou medos e inseguranças nos garotos e agora com a mudança para Bauru, este quadro está se revertendo. O pai tem o hábito de sempre trazer uma explicação para cada medo.

Já o filho do meio, Raul herdou os medos da mãe que desde pequena também foi ensinada a ter medo de bêbados na rua e chegou a fazer terapia pela ausência do pai, que agora com a mudança, ela conta que melhorou muito.

Como mãe coruja, apesar de trabalhar fora, ela revela que grande parte dos medos de seus filhos se dão pelo distanciamento de um do outro. “Sempre fomos muito unidos”.

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