Li com muita atenção o artigo sob o título “Velhice não é doençaâ€, JC (Opinião, 27/2, pág. 2), de autoria do médico e deputado, dr. Pedro Tobias. O artigo faz grande apologia a favor dos idosos, o que é muito positivo, louvável. Velhice não é doença, afirma o médico e deputado. Porém, a mocidade é transitória. O momento é oportuno e o assunto comporta lembrar. Lideranças do Centro do Professorado Paulista estiveram em dezembro/2001, presentes na Assembléia Legislativa Estadual instando com os deputados para a aprovação das emendas apresentadas aos projetos de lei complementar n.ºs 46 e 47/2001, do Poder Executivo, que estendiam o pagamento de bônus de mérito e de gestão aos professores aposentados do QM da Secretaria da Educação. Era já madrugada quando houve a votação e as emendas foram aprovadas por unanimidade dos parlamentares.
Infelizmente, o governador Geraldo Alckmin vetou as emendas. Foi um chute bem dado nos professores idosos, aposentados. O médico e deputado afirma em seu artigo: â€œÉ importante sabermos que o idoso anda devagar porque já teve pressa e leva esse sorriso porque já chorou demais. Ou seja, a pessoa na terceira idade (na melhor idade) não é apenas um velhinho caduco que repete sempre as mesmas histórias, mas sim um cidadão experiente que, ao longo da vida, foi juntando diversos conhecimentos. Assim, em vez de excluir o idoso, devemos aproveitar sua experiência e sabedoria para construírmos uma sociedade mais justa e humana.â€
Chega a ser contrastante. É preciso não esquecer que a credibilidade de um governo não se dá pelas suas propostas, mas pelas ações. Esperamos na apreciação do veto, a sua rejeição por unanimidade, como foram aprovadas as emendas, por unanimidade. Isto é o que pede os idosos, professores aposentados do magistério estadual.
(*) Rodolpho Pereira Lima