O polêmico crítico e escritor - porque escreve - P. Valentim, não subiu nesta Tribuna para acariciar o Poder Judiciário e, menos ainda, o presidente do STF. Abriu a boca e mostrou o rabo-de-tatu de forma inteligente, creio, mas, sobretudo com muita razão e coragem. De fato, num país onde a vaca voa, o capim também come o bode. O próprio Valentim que o diga. A gente vai mudando, vai mudando, a ponto de rejeitar a corrupção e em hipótese alguma rir da ironia do ministro Melo, quando abriu as algemas de Barbalho. Eis aí um forte exemplo de que o presidente FHC não pode tudo sozinho. O Poder Judiciário é soberano e independente, e comete as calamidades que o povo vê através da imprensa falada e escrita, na melhor performance desse setor, em todos os tempos.
Maluf também está no fundo do pito. É questão de mais algumas baforadas, e ele enfrenta o gostinho das algemas, é claro. Mas será solto quando Melo divulgar: “... são peças mal fundamentadas, e se me pareceu um exagero...†Enquanto isso, juízes e promotores destemidos, sempre jovens e vigorosos no exercício de desobstruir os caminhos marcados há muito pela “Ordem e Progressoâ€, vão precisando, como nunca, do apoio do povo brasileiro e de todas as sociedades instituídas, para que velhos juízes de Brasília sejam afastados, e, quem sabe, punidos pelas interpretações vergonhosas que favorecem os corruptos e ladrões do dinheiro público. Dos três poderes, o pior, sem dúvidas, tem sido o Judiciário. “A pior ditadura é a do Judiciário.†Diante disso, podemos adiantar, sem medo, que a nossa democracia é incipiente; está mesmo engatinhando. Mas, felizmente, está viva!...
(*) Antonio Ribeiro Corrêa - RG: 4.168.220