Existem, no mundo atual, dois deuses: um é o Deus do “D†maiúsculo e o outro é o deus do “d†minúsculo e todas as palavras que se referem a esses dois deuses seguem respectivamente essa regra ortográfica, isto é, se as palavras fizerem referência ao Deus do “D†maiúsculo elas são todas escritas com as iniciais maiúsculas e se fizerem referência ao deus do “d†minúsculo terão suas iniciais também minúsculas. Algumas delas são: Ele, Criador, Salvador, Senhor ou Nosso Senhor, Pai, Único, entre outras, essas como se percebe pelas iniciais são as que se referem ao Deus do “D†maiúsculo, enquanto que as do “d†minúsculo são escritas assim: ele, isto, aquilo, quanto, custo, preço etc.
O primeiro, o da letra maiúscula, é o Senhor Deus, o Criador de todas as coisas. “No princípio, Deus criou os céus e a terra†(Gn. 1; 1); o segundo, o da letra minúscula, é o dinheiro, o comprador de todas as coisas. Deus nos deu um paraíso na terra e nos prometeu um ainda melhor no reino dos céus, mas nos pediu algumas coisas em troca... O outro deus nos promete todos os dias paraísos no reino da terra mas também pede coisas em troca. Então vamos a elas. Deus nos ensina: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo†(Mat. 22; 39); o outro diz que é preciso consumir mais para ser feliz e que é preciso ter muito a qualquer custo para ter o reino da terra; o do “D†maiúsculo nos diz ainda: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam, mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões nem minam e nem roubam†(Mat. 6; 19,20); o outro, o do “d†minúsculo, glorifica e engrandece aquele que mais ajunta tesouros na terra, dando-lhe de tudo, o melhor.
Como se vê, cria-se um paradoxo entre as coisas de Deus e as coisas de deus, porque para se alcançar a Deus é preciso, segundo a Sua palavra, amar e respeitar a todos, o que não acontece quando buscamos com muita intensidade (ganância) o deus, pois no capitalismo cuja mola percussora deste sistema é o consumismo, que causa no homem o gosto pela concorrência desumana, a grande maioria fica sem forças para esta concorrência enquanto a pequena minoria leva a melhor, além do que existe uma troca de valores do bem pelo mal, no qual o Deus do “D†maiúsculo é deixado de lado e o outro, o do “d†minúsculo, é glorificado.
Esta verdade é conferida nos jornais, onde vemos o exemplo das universidades filantrópicas, o descaso dos reitores com aqueles alunos mais carentes e que precisam da bolsa de estudos para continuar a estudar, no qual os reitores e diretores embolsam para si o dinheiro da bolsa dos alunos. Os reitores levam a melhor, os alunos a pior; os reitores engordam suas contas bancárias, os alunos se vêem obrigados a deixar as faculdades. “Raça de víboras†esses reitores, nunca verão o verdadeiro Deus, o do “D†maiúsculo, pois adoram ao deus do “d†minúsculo, o dinheiro. (Marcelo Carneiro - RG: 25.312.575-3)