Há poucos dias passados tivemos no país a oportunidade de festejar - com eufórica e certa alegria - embora sob um misto de desconfiança íntima; quanto ao que (particularmente chamei de), a aproximação da Alemanha para com o Brasil, quem diria!?... Um pronunciamento, que contudo, não deixou de ser interessante e agradável ao ego, segundo as felicitações de leitores especiais, atitudes que alegram seres humanos.
Como os acontecimentos modernos parecem voar nas asas de quaisquer tipos de mídias, especialmente em se tratando de assuntos alusivos a personagens (autoridades representativas de Estado, por exemplo), a visita que poderia proporcionar assunto agradável, eis que se mostra divergente do esperado.
Foi o que acabou de ocorrer (num curto período de pouco mais de duas semanas), com publicações pela ordem, segundo as: “Agência Folha e Agência Estadoâ€. Assim, a primeira matéria (Ag. Folha), portava preocupações de ambos representantes - Alemanha/Brasil - razão porque (recebemos no País, na primeira visita), o chanceler alemão Gerard Schröder, para um encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso. O objetivo?: cobrança em primeira mão pela falha brasileira sobre, “a aprovação do acordo bilateral de proteção e promoção de investimentos†(cujo projeto se encontra emperrado em nosso Congresso Nacional desde 1995. No mesmo instante, tratou-se de agilizar no Conselho de Segurança da ONU (numa busca recíproca), postulando o ingresso de ambos países (Brasil/Alemanha), naquele Conselho, na condição de membros permanentes. O encontro demonstrara progresso nos entendimentos recíprocos, sob sorriso aberto por parte de ambos representantes; coisa que vale verificar. Veja na foto do JC do dia 15/2, os sorrisos de ambos: “às bandeiras despregadas†(tal como se dizia antigamente no Brasil).
Na segunda visita (esta realizada), pelo cidadão Pascal Lamy “comissário europeu para o Comércio Exterior†em busca “de uma intensificação das negociaçõesâ€, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no recente findo, último dia do mês de fevereiro. O quadro, entretanto, revestiu-se da presença de claros e “duros aos sul-americanos†e recados oriundos da União Européia.
Foi assim, que a suposta alegria da primeira visita que recebemos da Europa em 15/2, com dois assuntos de interesse entre Brasil e Alemanha, segundo a presença do chanceler Gerhard Schröder, certamente sofrerão dificuldades de consecução e até suspensão. Isto porque, estamos sujeitos a um processo de divergência recém produzido, sob a última visita, na qual recebemos Pascal Lamy e seus recados, explicandocando que a União Européia não aceita acordo imediato com o Mercosul. Lamy foi claro, deixando “a impressão no governo brasileiro de que a União Européia pretende se manter, na prática, mais arredia a uma aproximação com o Mercosul que em seu discursoâ€. -Fico por aqui.
(*) O autor, José Almodova, é professor universitário