A música que é composta por Karen Young foi feita com ajuda de mulheres de todo o mundo e é traduzida em vários idiomas: “Capire monsamam, capire, el ham monsamam el ham, capire monsamam el ham!†“Mulheres querem um mundo mais justo, pros filhotes crescer sem susto, mulheres querem um mundo de paz, sem elite e sem capataz.†Amigas, vamos marchar, chega de fome, pobreza e violência.
Amigas vamos marchar, cantando pro mundo a nossa irreverência. É terra, para gozar a maternidade e aborto seguro. É vida, para navegar e saber eleger quem respeite a quem aqui está. Vamos!
Isto ilustra quão grande somos nós, mulheres, na história da humanidade. Mulher homem, mulher criança, mulher educadora, mulher terra, mulher brio, mulher saúde que querem vencer. Mulher forte, mulher negra, mulher jovem que luta na praça contra a escravidão. Mulher que chora, que grita e simplória ri e é feliz. Mulheres de todas as cores, costumes e raças, mulheres cheias de graça que encantam o nosso porvir! Mulheres mães, mulheres família, mulheres psicólogas, mulheres políticas, mulheres em movimentos econômicos, sociais e sindicais, mostrando do que são capazes! Mulheres em entidades contra racismo, violência, miséria, por divisão doméstica, sexista, cultura e lazer! Mulheres de várias religiões rumam contra as discriminações para acabar com a crise, com o capital especulativo, contra o neoliberalismo, a Alca, a dívida externa, contra salários desiguais, contra desemprego, mulheres rumo a uma América Latina unida e socialista. Ah! mulheres do meu Brasil, da Argentina, da Colômbia, mulheres de todo mundo!! Quem sois? Para que vieram? Onde irão?
Nós sabemos e temos uma responsabilidade muito grande para apontar o caminho, organizar a luta da mulher trabalhadora e pobre contra a opressão, a miséria, contra a mutilação genital na África, lutando pelo aborto no mundo, pela libertação da mulher muçulmana, etc.
São tantas as lutas para vencer e os “homens†(FMI, FHC, G-7) ficam pensando no poder pelo poder, na ambição e obsessão desregrada para manter a hegemonia sócio-econômica e política do mundo sob seu controle. Por isso o mundo estacionou, inclinou-se ao retrocesso, e se não houver quem acene para um outro rumo onde vamos discutir verdadeiramente as questões de gênero, do mundo sem divisões de raça e classe, quando homens e mulheres puderem viver em condições de igualdade na vida, aí a mulher poderá libertar-se da opressão.
A liberação da mulher sem garantia dessas condições expostas é nula. Esta luta é um ato histórico e não mental e serão elas que nos conduzirão historicamente para uma vida concreta, num mundo socialista possível. (Eliane Koti - RG: 17.116.966-9)