Polícia

Rapaz morto durante seqüestro era fugitivo da Penitenciária 1

Ieda Rodrigues
| Tempo de leitura: 2 min

O rapaz morto durante troca de tiros com a Polícia Militar no domingo pela manhã, acusado de ser um dos seqüestradores do laboratorista Ricardo Martinez Lopes, 22 anos, foi identificado ontem. Trata-se de Hugo Bigeli, 27 anos, que estava foragido da Penitenciária 1 de Bauru.

O rapaz, que era conhecido por Magrão, havia sido internado no Hospital Manoel de Abreu para tratamento médico, de onde fugiu no último dia 7 de fevereiro. Natural de São Roque, na P1, ele cumpria pena por roubo, furto e receptação. O rapaz foi identificado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru.

O delegado titular da DIG, J.J. Cardia, conta que Bigeli foi reconhecido por um agente de escolta da P1. A confirmação da identidade foi feita através de análise do Cadastro da Coordenadoria dos Presídios de São Paulo (Coesp). Até então, o corpo do rapaz estava no Instituto Médico Legal (IML).

A troca de tiros ocorreu na favela São Manoel, onde Lopes foi mantido sob ameaça de arma de fogo por dois homens por sete horas. A PM, ao ser informada de que Lopes havia sido seqüestrado, cercou a área. Bigeli foi baleado e morreu e outros quatro homens, inclusive um primo de Lopes, foram presos acusados de envolvimento no seqüestro.

O laboratorista diz que foi à favela São Manoel para libertar seu irmão mais novo após receber um telefonema informando que ele estava sob poder de seqüestradores e só seria liberado mediante a entrega de seu carro e cartão bancário.

Porém, ao chegar ao local indicado, percebeu que havia caído em uma emboscada, já que seu irmão não estava lá. Lopes foi abordado por dois homens que o mantiveram sob ameaça de arma de fogo, mesmo após entregar a chave do carro e o cartão bancário. A dupla disse a ele que iria esperar amanhecer para sacar o dinheiro do banco.

No entanto, antes disso, um primo de Lopes, que também foi preso sob acusação de envolvimento no caso, procurou o pai da vítima, contou sobre o seqüestro e pediu dinheiro para libertá-lo. O pai do laboratorista acionou a PM, que cercou o local enquanto o primo, que dizia querer ajudar, foi ao encontro dos seqüestradores.

Um policial, que estava no meio do mato, diz ter ouvido ele informar aos dois rapazes que a polícia havia cercado a área. Rapidamente os policiais abordaram os três, quando trocaram tiros com Bigeli, detiveram o outro rapaz, um adolescente, e prenderam o primo que até então tentava ajudar. Ainda na operação, outros dois homens foram presos.

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