Polícia

DIG desbarata telefonia criminosa em Bauru

Rita de C. Cornélio
| Tempo de leitura: 2 min

Uma central telefônica digital especial localizada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, ontem, no Núcleo Geisel pode ser o fio da meada que a Polícia Civil procurava para acabar com a comunicação entre criminosos de Bauru e região com o resto do País. Suspeita-se que dessa central partiam mensagens e teleconferências entre facções criminosas, inclusive as ligadas aos presídios.

A suspeita da Polícia Civil é com base em indícios encontrados na casa de número 2-23 da avenida das Laranjeiras. Correspondências de presos da região endereçadas a Marcelo Marques da Silva, suspeito de liderar a comunicação, foram encontradas sobre a escrivaninha de onde eram feitas as conversações.

Em nome do suspeito, a equipe de investigações da DIG encontrou 49 linhas telefônicas, quatro instaladas no local e as demais na rua Gustavo Maciel, quadra 17, onde ele nunca morou e ninguém o conhece. O local é um escritório idôneo que a polícia fez questão de manter em sigilo para não prejudicar o proprietário.

A central telefônica localizada pela polícia é digital e especial. Segundo um perito especialista em telefonia, que teve seu nome preservado, em Bauru não há nenhuma empresa com uma central semelhante à encontrada no Geisel. “Ela permite a conversação de quatro ou mais pessoas, de pontos diversos do País, ao mesmo tempo. Através dela, com a ajuda de um computador, é possível escanear fotos, passar fax e até passar uma carta de um local para outro”, conta Cardia.

A residência onde a central telefônica estava instalada não denotava qualquer suspeita, a não ser que o observador entendesse de telefonia e percebesse que no postinho de ligação elétrica havia várias fios telefônicos desencapados e prontos para serem religados.

Os fios telefônicos encontrados no quintal da casa levaram a equipe de investigação a acreditar que outras linhas telefônicas eram instaladas, assim que necessárias, partindo das já existentes.

No local foram apreendidas, além da central, agendas, cartões pessoais, dois aparelhos telefônicos, fotos reveladas e negativos que podem ajudar a polícia na confecção de provas. Duas pessoas foram identificadas e encaminhadas à delegacia para serem ouvidas.

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