Veio-nos à mente, não há muito, a idéia de defender junto aos bancos de crédito a instalação de acessos duplos e amplos, inclusive portas giratórias, na entrada das respectivas agências. Recebemos não poucos telefonemas enaltecendo a matéria porque, tal qual o jornalista, referidos leitores também consideram que tornar mais ágeis os ingressos e saídas dos inúmeros usuários, que tais casas de crédito inegavelmente possuem, dificulta sem dúvida a abordagem dos marginais e demais malfeitores, os quais, como é sabido, aguardam impiedosamente no local a circulação despreocupada de suas indefesas vítimas para atacá-las de chofre. Agradecemos aos que nos distinguiram com sua leitura e seu apoio, da mesma forma que somos gratos a um fã dos nossos comentários que nos procurou na redação a fim de sugerir assunto correlato para outra “opinião†nossa, desta feita contemplando as mulheres-clientes de bancos, supermercados e “shoppings†em geral. Sem qualquer hesitação o que desejava de nós o bom amigo? Desejava que “aproveitássemos os generosos acenos do Dia Internacional da Mulher e, penetrando no desejo delas, sugeríssemos aos tais estabelecimentos bancários e supermercados, geralmente muito frenqüentados por Evas de todas as idades, a construção de gabinetes sanitários femininos, bem visíveis e acessíveis em suas dependências, pois, às vezes idosas, outras ocasionalmente grávidas, outras ainda naturalmente gordas ou obesas, outras também puxando pelas mãos filhos pequenos e, outras, igualmente, como nos casos de moças supreendidas por algum fluxo fisiológico tendende a descarga urgente, necessitam rapidinho de reservados para suas necessidades, não conseguem divisá-los nas proximidades e quando os localizam constatam estar eles nas garagens ou em algum pavimento superior, de acesso problemático em virtude de longas escadarias ou corrimãos. Entendo que não seria difícil o atendimento desse justo “desejo de mulherâ€, até porque se trata de um direito que a elas assiste†- completou o leitor.
Verdadeiramente despenca sobre um vagão de razões a sugestão do prezado opinante, eis que, pessoalmente, sabemos também de muitas casas do gênero que são inexplicavelmente desprovidas ou malprovidas de compartimentos sanitários exclusivamente femininos, como conhecemos outros dotados do serviço porém incomodamente localizados no amplo recinto, dificultando muito o seu uso, não é mesmo, meninas? É, sim, porque homem também tem disso e passa por cada aperto! Então, vale plenamente este comentário, para o qual invocaríamos a atenção e as devidas providências de quem de direito, como seja a direção das empresas, pois que, como frisou nosso leitor, o seu atendimento não é nada difícil e oneroso e, por outro lado, muito romântico, porque seria saudado com um sorridente “muito obrigado†das interessadas que, conforme seus problemas, nem sempre são tão “poderosas†como se auto-afirmam. É também a nossa opinião.
(*) O autor, N. Serra, é o jornalista responsável do JC e delegado regional da Associação Paulista de Imprensa e da Ordem dos Velhos Jornalistas do Estado.