O prefeito Nilson Costa (PPS) ofereceu, ontem, ao funcionalismo público 6% de reposição salarial linear, a partir deste mês, e aumento de 10% no vale-compra, cujo valor atual é de R$ 99,99. A proposta frustou os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm), que reivindicam 37,95% de reposição e mais 15% de aumento real, totalizando 52,95%.
Hoje, a categoria vai se reunir na sede da entidade, às 17h, para discutir a proposta da administração municipal. Na segunda-feira, sindicato e representantes da Prefeitura de Bauru fazem nova rodada de negociações.
Os 6% de reposição salarial oferecidos ao funcionalismo foi o percentual final da rodada de ontem. A reunião foi aberta pelo secretário municipal de Finanças, Raul Gomes Duarte Neto, com uma outra proposta: 5%. De imediato, os dirigentes sindicais a rejeitaram.
A partir da negativa, Nilson entrou em cena e bateu o martelo em 6%, percentual também rejeitado pela direção da entidade sindical, criando um impasse. Como as negociações não avançaram, a reunião foi encerrada.
Prévia
O secretário municipal de Finanças avaliou como positiva a rodada de negociações. “A administração teve a oportunidade de fazer uma prévia das dificuldades ao sindicato. De certa forma, avançamosâ€, diz.
Duarte Neto explica que a proposta da Prefeitura de Bauru é a que é “possível†ser oferecida hoje. “Não basta dar índice de reajuste. É preciso, também, garantir o pagamento desse reajuste.â€
Para ele, 6% de reposição salarial é um índice “suportável†pelo caixa da administração. O secretário contabiliza que isso significará um impacto de R$ 300 mil por mês na folha de pagamento, totalizando R$ 3,6 milhões no ano.
Duarte Neto afirma, ainda, que é preciso lembrar que o plano de saúde da categoria, em reimplantação, também vai provocar um impacto nas despesas da administração. “São mais R$ 500 mil por mês. A soma dessa despesa com mais o reajuste vai resultar num gasto de R$ 9 milhões nesse exercício em prol do servidor municipal.â€