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Estudantes protestam contra dengue

Redação
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Os alunos do Colégio São Francisco de Assis farão, hoje, uma passeata para combater a infestação do mosquisto Aedes aegypti no bairro, onde está localizada a escola, Bela Vista. Na semana passada foi registrado um caso de dengue autóctone (contraído na cidade) de uma pessoa que mora naquela região, que já tinha outros dois doentes. Bauru já vive uma epidemia de dengue com 31 casos.

Ontem, o Núcleo Municipal de Combate à Dengue recebeu mais 31 resultados de exames. Um deles, de uma pessoa que mora na Vila Souto, deu positivo e é autóctone. De acordo com Flávio Tadeu Salvador, coordenador do núcleo, o fato preocupa porque é mais uma região da cidade a ter a doença. Ainda aguardam resultados de exame cerca de 150 pessoas.

Os estudantes vão sair do Colégio São Francisco, por volta das 7h30, pela rua Santo Antônio, seguirão pela Padre Anchieta até chegar na Praça dos Expedicionários. Eles usarão carro de som para alertar a população sobre o risco da doença e também distribuirão folhetos explicativos.

O objetivo, segundo a direção da escola, é conscientizar os moradores sobre o risco de manter criadouros do mosquito nas residências. As larvas encontram um ambiente ideal para proliferação em pratinhos com água de vasos, pneus e outros recipientes que possam acumular água e também em caixas d’água sem tampa, o que tem sido verificado com freqüência na Bela Vista pelos técnicos da área de saúde que visitam as casas.

A outra preocupação com o bairro é que, em 2001, foram registrados vários casos de dengue naquela região. Se este ano isso voltar a acontecer há um grande risco de ocorreu a dengue hemorrágica, a forma mais violenta da doença e que pode levar à morte. Ela ocorre quando uma pessoa que já teve dengue é picada pelo mosquito que carrega um tipo de vírus diferente do primeiro.

Ontem, cerca de 300 crianças de 3 a 6 anos da Escola de Educação Infantil (Emei) Pinóquio, localizada na quadra 6 da rua Hermínio Pinto, no Jardim Higienópolis, realizaram uma passeata pelo bairro contra a dengue. Com cartazes em mãos, eles cantaram músicas alusivas ao assunto com o objetivo de alertar a população sobre o combate aos criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença.

De acordo com a diretora da escola, Cynthia Maria Caldas Bresciani, a instituição desenvolveu um trabalho com os alunos, transformando-os em miniagentes. Eles foram para suas casas com crachás de “fiscais da dengue” e com a tarefa de eliminar todos os recipientes que pudessem vir a acumular água.

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