A obesidade é um problema mundial. No Brasil há cerca de 32 milhões de pessoas acima do peso. Esteticamente é sempre bom ter um corpo bonito, mas o mais importante é a saúde. Obesas, as pessoas ficam pré-dispostas a adquirir doenças como diabetes, hipertensão, problemas nas pernas e na coluna, doenças cardíacas, depressão, entre outras.
Há que se pensar em qualidade de vida e saber que o metabolismo precisa de disciplina. O ideal é comer para viver e não viver para comer.
A nutricionista Simone Tonelli Grassi argumenta que existem vários fatores que devem ser levados em consideração para justificar o ganho de peso. A pré-disposição genética, o sedentarismo, causado pela praticidade da vida moderna, os hábitos alimentares e o estresse, a depressão e a ansiedade, que contribuem de uma forma indireta.
Ela explica que é importante saber que o grande responsável pelo ganho e perda de peso é o metabolismo. Quanto mais acelerado for, consegue queimar mais calorias. Quanto mais lentamente funcionar, menos calorias queimará. “Isso varia de acordo com a idade, peso, sexo de cada um. Sabemos que, por uma questão genética, o homem tem o metabolismo mais acelerado que o da mulher, daí a sua maior necessidade calóricaâ€, revela.
Com o passar dos anos, de acordo com Simone, a cada década o metabolismo vai ficando mais preguiçoso. É por isso, explica a nutricionista, que as pessoas devem se preocupar em fazer uma reeducação alimentar e melhorar os hábitos para poder se garantir no futuro. “Com menos massa muscular, o metabolismo do adulto não precisa trabalhar tanto quanto antigamenteâ€.
Ela conta que, às vezes, se depara com pessoas que eram magras na juventude, podiam comer de tudo que não aparecia na balança. Elas vão adquirindo péssimos hábitos e, com o passar dos anos, o seu metabolismo vai ficando mais lento, mas continuam com os mesmos cardápios. Levando-se em consideração que o estômago vai sofrendo pequenas dilatações, para dar a sensação de saciedade, a quantidade de comida é aumentada gradativamente. Por isso, é óbvio que essas pessoas engordam. â€œÉ uma bola de neve, pois aumenta-se a quantidade de comida para se satisfazer, o metabolismo vai ficando mais lento e acaba diminuindo ou nem fazendo atividade física. Aí vem a pergunta: ‘Não sei por que engordei? Continuo comendo do mesmo jeito!’ Engordou porque o metabolismo mudouâ€, explica Simone.
Ela ensina que uma maneira de acelerar o metabolismo é fazer atividade física.
Sempre as mulheres
As mulheres sofrem mais que os homens, pois passam por várias mudanças no decorrer da vida. A primeira menstruação na adolescência, a transformação do corpo de menina em mulher, a gestação e a menopausa. São transformações que devem ser muito bem administradas para se ter mente e corpo saudáveis.
Tudo isso, de acordo com Simone, infuencia no ganho de peso. “Sempre temos que relacionar o quanto comemos com o que gastamos de calorias para se manter o peso. Essas fases da mulher devem ser levadas em consideraçãoâ€, disse.
Ela detalha que com o passar do tempo, para se manter na antiga forma da juventude, o ideal seria comer menos e fazer mais exercícios. O que é difícil, diz Simone, pois a praticidade da vida moderna faz com que as pessoas deixem de gastar calorias nas mínimas coisas do dia-a-dia, como abrir o portão com o controle remoto, mudar o canal de televisão com o controle, levar o telefone sem fio para todos os lugares da casa, elevadores e escadas rolantes.
É muito comum, de acordo com a nutricionista, na idade adulta se adquirir mais peso, pois com a diminuição da produção dos hormônios, os músculos do adolescente convertem-se progressivamente na flácida gordura do idoso.
Para os atletas, fica muito mais complicado. Simone informa que o gasto calórico de um atleta é muito grande, então quando pára de fazer atividade física, enfrenta um grande desafio de mudar os hábitos ou vai engordar muito.