No próximo dia 23 é comemorado o Dia Mundial da Meteorologia e para conhecer um pouquinho desta ciência, o JC Criança foi conversar com um especialista da área, um meteorologista.
Ele é o profissional que faz as previsões do tempo. Para ficar “craque†no assunto, é necessário fazer graduação em meteorologia, o que só é possível em seis faculdades brasileiras: Pelotas (RS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Maceió (AL), Campina Grande (PB) e Belém (PA). A cada ano, cerca de 60 profissionais são formados em bacharel em meteorologia no Brasil. Um número bem pequeno, não?
A pessoa que estuda meteorologia mergulha nas ciências naturais, principalmente a física, e nas exatas, a matemática. Você deve estar pensando, que chato só pensar em cálculos e cálculos, mas não é bem assim.
A meteorologia é muito importante para conhecermos as variações de temperatura, pressão, umidade do ar e vento, o que permite que sejam feitas as previsões. Assim a vida das pessoas pode ser programada.
Hoje, os avanços na área de informática facilitou bastante o trabalho do meteorologista, que consegue fazer previsões mais precisas e de um período maior.
Bauru possui um importante órgão científico na área, é o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Unesp. Lá, os profissionais fazem a previsão com até três dias de antecedência. Isso com base na leitura de vários equipamentos, que acompanham 24 horas por dia as variações atmosféricas.
Luiz Fernando Oliveira Nachtigall, 40 anos, é meteorologista no IPMet. Ele conta que se interessou pelo assunto por um motivo bem simples e curioso. “Quando eu era criança, em Pelotas (RS), ficava muito curioso com os fenômenos atmosféricos, porque eles influenciavam muito o trabalho da minha famíliaâ€, lembra. “Minha família trabalhava com agricultura e é preciso saber as variações para plantar na hora certa, esperar a chuva para a semente brotar. Já na época de colheita não pode chover.â€
No Sul do País as variações são bem definidas, como nos livros. No inverno é frio, no verão é quente. Diferente do Estado de São Paulo, por exemplo, que fica em uma região intermediária e as estações não são bem definidas.
Observando o céu
Às vezes a gente sai de casa com frio, passa calor e ainda corre o risco de tomar uma chuvinha no final da tarde. Não é fácil prever o tempo sem instrumentos, mas é possível começar a entender e descobrir o que pode acontecer quando, por exemplo, o vento muda de direção ou o dia nasce sem nuvens no céu.
A sugestão de Luiz Fernando Nachtigall é prestar bastante atenção na previsão do tempo nos meios de comunicação - o Jornal da Cidade publica diariamente a previsão do IPMet - e observar o que você está sentindo durante o dia. Frio, calor, umidade, vento. Já dá para começar a entender.
Ele dá um exemplo: “Quando o dia amanhece sem nuvens e não há vento é bastante provável que não chovaâ€. A mudança do vento também é um fator que você pode aprender a observar.
A direção do vento é de onde ele vem, e aqui na nossa região recebemos o vento do Leste-Sudeste (do lado onde o sol nasce). “Quando vira, alguma coisa vai mudar ou já está mudando. Um frente fria pode estar próximaâ€, explica.
Você conhece a biruta? A biruta é um instrumento simples que nos mostra a direção do vento. É comum encontrá-la no aeroporto. Ela tem o formato de um saco de pano furado por onde passa o vento. Quando você encontrar uma, observe para qual lado ela está.
Você também pode construir uma biruta artesanal para acompanhar as mudanças.
O meteorologista Nachtigall lembra também que o Instituto de Pesquisas Meteorológicas recebe visitas durante a semana e atende às solicitações de previsão do tempo diariamente.
Quem quiser aprender mais ou consultar as informações do IPMet pode ligar nos telefones (14) 221-6029 e 231-1122. Ou conferir o site: www.ipmet.unesp.br
No próximo dia 23 é comemorado o Dia Mundial da Meteorologia e para conhecer um pouquinho desta ciência, o JC Criança foi conversar com um especialista da área, um meteorologista.
Ele é o profissional que faz as previsões do tempo. Para ficar “craque†no assunto, é necessário fazer graduação em meteorologia, o que só é possível em seis faculdades brasileiras: Pelotas (RS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Maceió (AL), Campina Grande (PB) e Belém (PA). A cada ano, cerca de 60 profissionais são formados em bacharel em meteorologia no Brasil. Um número bem pequeno, não?
A pessoa que estuda meteorologia mergulha nas ciências naturais, principalmente a física, e nas exatas, a matemática. Você deve estar pensando, que chato só pensar em cálculos e cálculos, mas não é bem assim.
A meteorologia é muito importante para conhecermos as variações de temperatura, pressão, umidade do ar e vento, o que permite que sejam feitas as previsões. Assim a vida das pessoas pode ser programada.
Hoje, os avanços na área de informática facilitou bastante o trabalho do meteorologista, que consegue fazer previsões mais precisas e de um período maior.
Bauru possui um importante órgão científico na área, é o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Unesp. Lá, os profissionais fazem a previsão com até três dias de antecedência. Isso com base na leitura de vários equipamentos, que acompanham 24 horas por dia as variações atmosféricas.
Luiz Fernando Oliveira Nachtigall, 40 anos, é meteorologista no IPMet. Ele conta que se interessou pelo assunto por um motivo bem simples e curioso. “Quando eu era criança, em Pelotas (RS), ficava muito curioso com os fenômenos atmosféricos, porque eles influenciavam muito o trabalho da minha famíliaâ€, lembra. “Minha família trabalhava com agricultura e é preciso saber as variações para plantar na hora certa, esperar a chuva para a semente brotar. Já na época de colheita não pode chover.â€
No Sul do País as variações são bem definidas, como nos livros. No inverno é frio, no verão é quente. Diferente do Estado de São Paulo, por exemplo, que fica em uma região intermediária e as estações não são bem definidas.
Observando o céu
Às vezes a gente sai de casa com frio, passa calor e ainda corre o risco de tomar uma chuvinha no final da tarde. Não é fácil prever o tempo sem instrumentos, mas é possível começar a entender e descobrir o que pode acontecer quando, por exemplo, o vento muda de direção ou o dia nasce sem nuvens no céu.
A sugestão de Luiz Fernando Nachtigall é prestar bastante atenção na previsão do tempo nos meios de comunicação - o Jornal da Cidade publica diariamente a previsão do IPMet - e observar o que você está sentindo durante o dia. Frio, calor, umidade, vento. Já dá para começar a entender.
Ele dá um exemplo: “Quando o dia amanhece sem nuvens e não há vento é bastante provável que não chovaâ€. A mudança do vento também é um fator que você pode aprender a observar.
A direção do vento é de onde ele vem, e aqui na nossa região recebemos o vento do Leste-Sudeste (do lado onde o sol nasce). “Quando vira, alguma coisa vai mudar ou já está mudando. Um frente fria pode estar próximaâ€, explica.
Você conhece a biruta? A biruta é um instrumento simples que nos mostra a direção do vento. É comum encontrá-la no aeroporto. Ela tem o formato de um saco de pano furado por onde passa o vento. Quando você encontrar uma, observe para qual lado ela está.
Você também pode construir uma biruta artesanal para acompanhar as mudanças.
O meteorologista Nachtigall lembra também que o Instituto de Pesquisas Meteorológicas recebe visitas durante a semana e atende às solicitações de previsão do tempo diariamente.
Quem quiser aprender mais ou consultar as informações do IPMet pode ligar nos telefones (14) 221-6029 e 231-1122. Ou conferir o site: www.ipmet.unesp.br
Raios e trovões
A gente assusta quando cai uma tempestade. O barulho dos trovões e o clarão dos relâmpagos no céu dão a impressão que tudo vai desabar, mas não é bem assim.
O meteorologista Nachtigall explica que tudo ocorre com um único tipo de nuvem, a cumulonimbus. Elas são grandes nuvens de grande desenvolvimento vertical.
“A corrente de vento se desloca dentro da nuvem até atingir o topo, onde a temperatura está baixa (resfriada), gerando núcleos de gelo. As partículas de água se movimentam e geram uma diferença de potencial elétrico, o que provoca a descarga.â€
A descarga elétrica - o raio - pode ocorrer dentro de uma nuvem, de uma nuvem para outra ou da nuvem para a terra. Esse deslocamento é tão rápido (velocidade da luz), que “rasga†o ar e faz um barulhão, o popular trovão. Ele é percebido depois que o raio acontece.