JC Criança

Quanto mais cedo, melhor

Roberta Mathias
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Ben Hur Rodrigues Sobreira, 7 anos, e Rafaela Sita Souza Bragante, 8 anos, são bons exemplos de como não é tão difícil assim usar um aparelho corretivo. Ambos usam óculos e enfrentaram gozações na escola.

Nosso amiguinho usou durante quase dois anos um tampão no olho direito para que sua visão pudesse se recuperar. “No começo, eu ficava umas quatro horas por dia, depois foi diminuindo. Agora, eu já não preciso usar o tampão, só os óculos”, comenta Ben Hur.

Ele conta que já foi alvo de brincadeiras na escola e no futebol. “Eles falam que eu sou ‘quatro-olho’. Tiram sarro e dizem que sou ruim no futebol. Eu nem ligo. Uma vez eles me deixaram por último, na hora de escolher o time. Mesmo assim eu joguei, fui lá e fiz um gol por baixo da perna do goleiro”, lembra, às risadas.

O oftalmologista Marcelo Crivellari Creppe, 32 anos, explica que o uso do tampão segue até os 7 anos. “É transitório, mas tem uma importância muito grande. Evitará limitações visuais no futuro”, explica Creppe.

Ele fala da importância dos pais durante o tratamento. “É preciso encarar com normalidade, apoiar a criança e incentivar o uso. Hoje, existem tampões com bichinhos, coloridos. Tudo para ficar mais agradável”, diz o médico.

Comuns como os óculos, os aparelhos ortodônticos disputam o pódio dos mais usados. O ortodontista Marcos Jansen, 37 anos, orienta que existem correções que devem ser feitas ainda durante o crescimento, pois no futuro elas exigem cirurgias.

“São os aparelhos ortopédicos, aqueles que corrigem os desvios esqueléticos.” São identificados quando o queixo é muito para frente ou muito para trás. Há a mordida cruzada, que também exige aparelho ortopédico.

Nossa amiguinha Rafaela Sita Souza Bragante, 8 anos, está concluindo seu tratamento para a correção da mordida cruzada. Para isso, ela usa todas as noites um aparelho ortopédico.

“Eu já me acostumei e não me importo. Só às vezes a minha mãe precisa lembrar para eu colocar o aparelho”, brinca Rafaela.

Ela fala que já teve gozações na escola, mas não ligou. “Eles chamam de boca de ferro, mas eu nem ligo. Só achei ruim nos primeiros dias, pois tinha que apertar e doía um pouquinho”, conta.

Rafaela dá um toque para aqueles que ainda não tiveram coragem de usar o aparelho. “Tudo exige disciplina e sacrifício. É melhor usar agora para ficar mais bonito. Depois, eu teria que fazer uma cirurgia”, finaliza a garota.

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