Auto Mercado

Editorial

Marcelo Ferrazoli
| Tempo de leitura: 2 min

A notícia ocorreu no Rio de Janeiro, mas poderá repercutir positivamente em Bauru. A Petrobras lançou na última quarta-feira, dia 12, o Projeto Petrobras Ônibus a Gás Natural, que vai testar o uso do gás natural veicular (GNV) no transporte coletivo do Rio de Janeiro.

A iniciativa faz parte do esforço para difundir o gás natural em substituição ao diesel, combustível mais poluente e do qual o Brasil é dependente de importações.

Em evento no Rio, a empresa apresentou um novo modelo de ônibus, adaptado para o uso do GNV, com a participação de três grandes fabricantes de veículos pesados - Mercedes, Agrale e Iveco. O projeto tem parceria com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Rio Ônibus).

O uso do gás no transporte coletivo, e até em caminhões, é uma das frentes que serão atacadas pela estatal no Programa de Massificação do Gás Natural, com o qual a empresa pretende escoar o combustível importado da Bolívia e sua própria produção nacional. Segundo projeção do diretor de gás e energia da Petrobrás, há um potencial de 50 mil ônibus para serem convertidos a gás natural nas grandes cidades brasileiras.

O GNV é o segmento que mais tem crescido no mercado brasileiro de gás natural. Até hoje, cerca de 550 mil veículos já foram convertidos para o uso do combustível. A expansão só não é maior devido à falta de infra-estrutura para o abastecimento de cidades de menor porte.

Esse problema deve ser enfrentado com a criação de “gasodutos virtuais”: caminhões-tanque que levarão o gás a cidades que não contam com gasodutos.

Eis a chance tão aguardada por milhares de motoristas bauruenses, ávidos pela vinda à cidade do combustível de melhor custo benefício para os veículos. O AutoMercado&Cia já abordou o assunto em reportagem, publicada em 19 de abril deste ano, que informava a possibilidade do município contar com o GNV apenas no ano de 2006.

Em entrevista ao caderno na época, o coordenador de vendas da distribuidora que detém a concessão para explorar o combustível em Bauru confirmou a previsão e afirmou que o maior empecilho à aceleração da vinda do gás à cidade era a logística. Quem sabe os gasodutos virtuais não seja o que faltava para o GNV chegar mais rápido à Sem Limites?

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