Jaú - O ex-candidato a prefeito de Jaú (47 quilômetros a leste de Bauru), Waldemar Bauab (PTB), deverá anunciar hoje que atitude vai tomar diante da impugnação de sua candidatura, anunciada na terça-feira passada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

São três as opções: lançar um novo candidato pela coligação que reúne PTB, PC do B e PRTB, apoiar um dos candidatos que já estão com a campanha na rua ou não apoiar ninguém e liberar seus eleitores para votar em quem quiser.

A decisão deveria sair de uma reunião marcada para ontem à noite. De acordo com o assessor de imprensa do ex-candidato, Valdo Claro, o resultado do encontro era uma verdadeira incógnita. Segundo ele, até ontem à tarde ainda não havia nenhum consenso entre os partidos da coligação. “Cada um aponta para um caminho diferente”, comentou.

Dos cinco candidatos que permaneceram na disputa, dois seriam os favoritos para receber o eventual apoio do grupo liderado por Bauab: o ex-prefeito Sigefredo Griso (PMDB) e José Paulo Toffano (PV). Em entrevista a uma emissora de rádio da cidade, ambos se disseram surpresos com a decisão do TSE e mostraram boa disposição em aceitar um eventual apoio de Bauab, que foi prefeito da cidade por duas vezes.

A impugnação, aliás, foi motivo de surpresa até mesmo para o autor da denúncia que resultou na cassação do registro de Bauab. O vereador José Mineiro de Camargo (PSB) disse ontem que não acreditava mais que pudesse reverter as decisões anteriores da Justiça local e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que apontaram para a manutenção da candidatura do petebista.

O denunciante recorreu e, na última terça-feira, o TSE deu a cartada final e anunciou a impugnação do candidato. É a segunda eleição seguida que Bauab tem sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. E curiosamente pelo mesmo motivo. O TSE entende que o ex-candidato deveria ter se desligado da Fundação Raul Bauab, da qual é presidente, e não se desincompatibilizado do cargo, com foi feito.