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Incêndio destrói depósito do Confiança

Luciana La Fortezza
| Tempo de leitura: 2 min

A avenida Getúlio Vargas parou ontem. Mas desta vez as baladas noturnas não foram motivo. Nem por isso faltou atração. Cerca de 4 mil pessoas observaram de longe a luta de mais de 200 homens contra insistentes labaredas que destruíram o depósito de mercadorias do Supermercado Confiança Max e por sorte não fez vítimas.

Sete horas depois do início do incêndio, registrado por volta das 15h, a fumaça concentrada na rua Luso-Brasileira dava sinais da vitória de bombeiros, policiais militares, defesa civil, funcionários e voluntários de Bauru e região. Até o fechamento desta edição, parte deles permanecia no local para fazer o rescaldo, que seguiria pela madrugada.

Menos tensa, ação noturna não seria pressionada pela possibilidade da explosão de um gerador de energia abastecido com cerca de três mil litros de diesel. Mesmo dispondo de mecanismo de segurança, o equipamento foi foco de preocupação constante porque estaria situado próximo à área onde o incêndio teria começado. Para que os bombeiros chegassem até ele, uma parede de alvenaria foi destruída. Dois homens se revezavam com uma mangueira para resfriá-lo.

Próximo de lá, outras duas aberturas foram feitas no muro de alvenaria com a ajuda de marreta. Alguns bombeiros entraram por elas, mas não teriam avançado muito para dentro do depósito porque um mezanino de madeira ameaçava cair sobre eles. Antes disso, um caminhão muck foi utilizado para retirar a estrutura de zinco da parte superior do depósito.

Enquanto isso, os vidros laterais do supermercado, expostos para a avenida Getúlio Vargas, foram quebrados para dar acesso às mangueiras dos bombeiros e para ventilar o prédio. Simultaneamente, o helicóptero da Polícia Militar abastecia seu tanque de água na piscina da Associação Luso Brasileiro, localizado em frente ao depósito, e o despejava sobre o local atingido pelas chamas.

Pouco antes das atenções se concentrarem quase exclusivamente no depósito do estabelecimento, localizado no fundo do supermercado, alguns funcionários corriam em meio aos corredores do estabelecimento para retirar produtos inflamáveis como álcool. Quando a intensidade da fumaça aumentou, o trabalho foi suspenso e a entrada proibida.

Porém, mais tarde, outra leva de funcionários se mobilizou em frente a porta do depósito, na quadra 28 da rua Gustavo Maciel, para salvar alguns produtos do depósito, armazenados em caminhões estacionados nas proximidades. O local estocava desde produtos de limpeza, higiene, bebidas e até mercearia.

Até ontem à noite, o coordenador da Defesa Civil, Álvaro de Brito, ainda não tinha condições de informar se o depósito corria risco de desabamento. No entanto, numa avaliação preliminar, informou que a possibilidade parecia remota. Segundo informações extra-oficiais, o supermercado pode contratar uma empresa para avaliar a estrutura danificada pelo fogo.

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