Regional

Empresas são grande patrimônio de Itapuí

Ricardo Santana
| Tempo de leitura: 3 min

Itapuí – Os 11.198 habitantes de Itapuí vivem em uma cidade de 92 anos e movida, principalmente, por indústrias sólidas. Segundo dados da prefeitura, juntos os frigoríficos Itabon, Santa Fé e Santa Cecília geram atualmente 1.700 empregos diretos. As seis principais empresas do setor moveleiro respondem por cerca de 700 postos de trabalho diretos.

A Reval Atacado de Papelaria dobrou recentemente seu espaço de estocagem, que era de 7.300 metros quadrados e passou para 14.700. A empresa dispõe de 13 mil itens entre material escolar, de escritório, armarinhos e informática. Os produtos saem de Itapuí para todas as regiões do País, Interior e Capital de São Paulo, na sua maioria entregues por frota própria. Toda essa estrutura é gerenciada por sistema informatizado, desde o pedido do representante emitido on line por computadores de mão (handhelds palm), até o controle virtual do estoque. Criada em Itapuí há 12 anos, a Reval emprega 400 funcionários, além dos 150 representantes espalhados pelo Brasil. “A Reval cresce em média 40% ao ano, desde sua tranformação em atacadista”, revela Marcos Bordi, gerente de marketing da Reval.

Até setembro 2002, toda a empresa ocupava um prédio menor, com área total de 2.300 metros quadrados. Bordi lembra que a distribuidora começou como uma pequena papelaria fundada no início dos anos 80 em Itapuí. Na década de 90, a Reval se transformou em uma empresa do segmento atacadista.

A distribuidora é comandada pelos irmão Luiz Renato de Souza (diretor comercial) e Luiz Ronaldo de Souza (diretor financeiro). Segundo Bordi, a partir deste ano, a distribuidora deu um importante passo estratégico em sua expansão ao operar comercialmente também na cidade de São Paulo. Ele acrescenta que na Capital a empresa de Itapuí compete com os maiores atacadista do mercado de distribuição de materiais de papelaria. A coordenadora de recursos humanos da Reval, Karina Furlanetto, define que a relação trabalhador-empresa se pauta por conceitos atuais de gerenciamento. Conforme Furlanetto, 3% da mão-de-obra é formada por pessoas portadoras de deficiência física. A distribuidora se aproxima da comunidade com projetos na Apae e Casa da Criança, ambas de Itapuí, e entidades de Jaú, Ourinhos, Botucatu, no Estado de São Paulo, e Patos de Minas e Araxá, em Minas Gerais.

A Trident Indústria de Precisão completará 50 anos em fevereiro de 2006 produzindo artigos para desenho, engenharia, topografia e produtos para pintura artística.

O diretor-técnico de fábrica, Domingos Zanocco, 74 anos, conta que a empresa exporta para Europa, países da América Central e do Sul e Estados Unidos. Ele explica que a tradicional indústria é resultado da união de vários empreendedores que se juntaram para formar uma grande marca brasileira: a Trident. Os irmãos Paulo e José Negraes começaram um negócio que foi trazido para Itapuí na década de 60. Os Negraes se juntaram aos irmãos Natal e José Segato para ampliar a empresa. Os irmãos Domingos, Vitório e Norma Zanocco tinham em São Paulo a Desetec, concorrente da Trident. Segundo Zanoco, em 1980 ocorre a fusão das empresas.

Uma das marcas da Trident é manter funcionários antigos, como o encarregado de marcenaria Antonio Carlos Domichili, que trabalha na fábrica há 34 anos. Domingos cita que, na fusão das empresas, Nelson Puccineli, então funcionário da família Zanoco, aceitou o desafio de vir para o Interior. Ele começou na Desetec com 13 anos, quando ainda era um aprendiz. Já se aposentou, entretanto atua ativamente na fábrica. Zanoco ressalta que a Trident valoriza muito os funcionários e reconhece a experiência dos profissionais. Ele lembra que algumas empresas de expressão no segmento moveleiro de Itapuí são comandadas por pessoas formadas na Trident. “A gente ensinou muita gente a mexer com madeira”, completa.

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