São Paulo - Pelo menos cinco pessoas a pé, ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), bombardearam a única delegacia de Francisco Morato (48 km ao norte de São Paulo) logo no início da madrugada de ontem. Ninguém foi preso ou se feriu no ataque.

Segundo policiais, que pediram para não serem identificados, por volta da 1h15 de anteontem três artefatos explosivos foram jogados pela fresta de uma janela que dá para os fundos do prédio de dois andares, localizado no centro da cidade. “Foi um ato terrorista. Estávamos avisados, mas a delegacia é totalmente vulnerável, nem muros temos”, falou um investigador, que afirma ter chegado ao local no momento da explosão.

Além dele, mais um delegado e um escrivão estavam lá, mas ninguém se feriu, pois todos ficaram na frente. Mesmo assim o impacto da explosão foi tão forte que arrancou a porta da cela e destruiu outras três salas vizinhas, além de danificar a estrutura do prédio, que ficou repleto de rachaduras.

O computador quebrou. “Teremos de começar a reforma do prédio hoje. Pelo que vi a parte da estrutura de algumas salas pode vir a desabar”, disse um policial militar, que vistoriou o prédio atingido.

Apesar disso, o local continua funcionando normalmente. Além de atender a ocorrências, no segundo andar do prédio fica a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Mas ontem, por conta do atentado, a população ficou atemorizada e desistiu de fazer queixas no local. “Num dia de domingo atendemos várias ocorrências, mas ontem [anteontem] tivemos poucas. Ninguém quer vir aqui”, afirmou outro policial.

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