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Cerca de 300 pessoas vão a enterro


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Rio - Diego Frazão Torquato,12 anos, foi enterrado na tarde de ontem ao som de uma de suas maiores paixões: “Asa Branca”, sua música preferida. A obra foi tocada pelos companheiros da Orquestra de Violinos do grupo AfroReggae, na qual era integrante há quatro anos como um dos principais músicos. O grupo é conhecido por ser um dos principais organizadores de ações culturais e educativas em áreas pobres do Rio.

O menino morreu após fazer uma cirurgia para a retirada do apêndice na qual contraiu uma infecção generalizada, que foi complicada pela rápida evolução do quadro de leucemia. Em coma induzido havia nove dias, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Cerca de 300 pessoas acompanharam o sepultamento. Entre elas estavam amigos do grupo, da escola, do bairro onde morava no subúrbio do Rio de Janeiro e autoridades políticas como os secretários estaduais de Segurança, Educação e Saúde.

Diego do Violino, ou simplesmente Azul para os amigos, ganhou notoriedade ao chorar tocando violino no enterro de um dos coordenadores do Afroreggae e seu professor, Evandro João da Silva, morto após um assalto em outubro do ano passado. Na época, o caso ganhou repercussão por implicar dois policiais militares acusados de omissão de socorro.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame esteve ontem no velório de Diego antes de ir para o cemitério. “Estou aqui para homenagear um parceiro que promovia a paz. Seja em um sorriso dele, em uma lágrima ou pela música, era essa mensagem que ele passava”, disse, emocionado, após conversar com a mãe.

O coordenador do AfroReggae, José Júnior afirmou que “o grupo vai ganhar mais força e esse é o legado deixado pelo Azul”. Ele anunciou que a orquestra, a partir de agora, levará o nome do menino.

O violino de Diego ficará exposto na sede do grupo.

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