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Subestação da CPFL será ampliada

Ricardo Santana
| Tempo de leitura: 6 min

A mais antiga subestação da CPFL em Bauru terá sua capacidade de fornecimento de energia ampliada em 60% para atender à demanda crescente de energia. O investimento da concessionária do serviço de energia elétrica é de R$ 23,7 milhões neste ano em Bauru.

Esta subestação, localizada no Parque São Geraldo, atende grandes consumidores de energia como frigorífico, indústria de siderurgia, universidades, indústria gráfica, dois presídios, supermercados, comércio além de um grande contingente de residências.

A cidade possui quatro subestações, e a do São Geraldo está recebendo a ampliação de sua capacidade e de distribuição de energia. Ela passará de 50 MVA (megavolt-ampere) para 80 MVA com instalação de transformadores.

O gerente da Regional Noroeste da CPFL, Francisco Carlos Martins, ressalta que cresce a demanda por energia em Bauru como um todo. A região atendida foi identificada como tendo um aumento de demanda por energia do fornecimento residencial, comercial e industrial.

Preventivamente, o plano de expansão do sistema definiu investimentos da empresa concessionária iniciados no ano passado. Os mais de R$ 23 milhões serão investidos na central, na construção de circuitos alimentadores e reforma de condutores para levar a energia até os pontos de consumo.

A empresa também está fazendo a troca de transformadores e cabos, com tecnologia renovada, na região central da cidade. O trabalho começou na avenida Rodrigues Alves. A área definida compreende o quadrilátero entre a ferrovia, avenida Duque de Caxias, rua Engenheiro Saint Martin e rua Monsenhor Claro.

Ao todo, serão substituídos 44 quilômetros de cabos elétricos e 40 transformadores. A nova rede ocupa menos espaço e convive melhor com a arborização inadequada na área urbana de Bauru. Esses novos cabos podem diminuir eventuais cortes no fornecimento de energia, causados pelo contato com pássaros, vandalismo e o toque de galhos de árvores.

Esta melhoria também vem sendo introduzida em locais com maior ocorrência de problemas de fornecimento de energia, onde existem os "gatos" (ligações clandestinas).

Para esse trabalho, o gerente lembra que os consumidores são avisados com antecedência da interrupção no fornecimento de energia. "As pessoas ficam chateadas porque, naquele momento, estamos interrompendo energia. Mas melhor fazer programado do que não programado depois", argumenta.


"Pisca"


Martins admite que há um desconforto para a população, principalmente durante manobra denominada "pisca" programada, que consiste em transferir carga de uma subestação para outra, necessitando desligar uma e ligar outra. Esse trabalho é, preferencialmente, realizado durante a madrugada. "O objetivo é melhorar a qualidade da rede", contemporiza.

O gerente da Regional Noroeste também cita que pode haver "pisca" não programados na rede devido a queimadas. Ele relembra que, em setembro último, houve uma queimada na rodovia Bauru-Lins que destruiu postes, atingindo circuitos de transmissão e até a rede de transmissão de alta tensão, que tem o tráfego de energia de alta tensão seguindo para a subestação.

Ele cita que o pisca veio do sistema de alta tensão. Na ocorrência não programada, é o sistema de segurança na subestação (relé) que entra em ação preventivamente. Ele é capaz de detectar um defeito e desliga por programação automática e religa. Se o defeito permanece, a rede se desliga e há necessidade de uma equipe religar o circuito.

O programa de poda de árvores é feita para afastar os galhos de árvores dos cabos a uma distância de pelo menos um metro.

No último dia 29, a ventania durante uma tempestade provocou interrupção de energia em Barra Bonita e Pederneiras. A poda de distanciamento de cabos e galhos não bastou.

Martins explica que o vento também arremessa objetos, como calhas, outdoors e coberturas, contra os cabos. O gerente explica que a rede convive bem com a chuva e raios, que o sistema de proteção suporta dependendo da intensidade.

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Violência do trânsito interfere no fornecimento


A cada dia, um poste de sustentação da fiação elétrica é atingido por um veículo em Bauru, segundo Francisco Carlos Martins, gerente da Regional Noroeste da CPFL. A rede é exposta e aérea não tendo como blindar as estruturas da violência cada vez maior do trânsito bauruense. O impacto na estrutura de sustentação pode provocar a interrupção do fornecimento de energia, que é retomado na seqüência.

Agora, quando o dano atinge, por consequência, a fiação, ocorre o "pisca" e o sistema desliga percebendo o defeito.

Martins explica que mudou o perfil do tipo de veículo que bate em poste em Bauru. Ele cita que, antigamente, eram em regiões de distrito industrial e envolvendo caminhões de carga pesada. Atualmente, os veículos de passeio respondem pela maioria dos acidentes com carros batendo em postes.

"Hoje está cada vez pior. A questão do trânsito está muito difícil. A gente percebe que tem muito veículo de passeio provocando abalroamento contra postes", lamenta.

Na tarde do dia 16 de janeiro último, a base de um poste de iluminação que sustentava a fiação elétrica foi atingida por um Ford Pampa, na avenida Nações Unidas, na via de prolongamento de acesso ao Núcleo Mary Dota, em Bauru. A estrutura de sustentação da fiação desabou sobre parte da avenida e ninguém se feriu. O trânsito ficou complicado com parte da Nações sendo interditada ao trânsito. Equipes da concessionária de energia fizeram os reparos na rede.

No início da tarde do dia 22 de agosto, uma carreta Mercedes-Benz carregada com 8 mil tijolos quase arrancou um poste de concreto na ladeira da rua Nilo Peçanha, na Vila Souto. Ninguém ficou ferido e a região teve suspenso o fornecimento de energia, inclusive nos semáforos da rua Bernardino de Campos. Rapidamente, equipes da CPFL chegaram para troca do poste, recuperação da fiação, do fornecimento de energia e normalização da via ao trânsito.
Na manhã do dia 6 de outubro, o motorista de um caminhão com placas de Ibitinga derrubou um poste de energia na avenida Nações Unidas. Uma faixa da Nações Unidas (sentido Centro-bairro) e o acesso à rodovia ficaram completamente interditados. O poste foi substituído pela CPFL.

Energia filtrada

As subestações filtram a energia que chega com alta tensão. Os transformadores baixam o nível de tensão - voltagem - e colocam uma tensão de menor voltagem na malha de fiação que cobre a cidade. As subestações na cidade estão instaladas dentro de uma planificação geográfica estratégica.

No Parque São Geraldo está a mais antiga e denominada Subestação Bauru. A Subestação Terra Branca fica no prolongamento da avenida Castelo Branco sentido Piratininga. A Hipódromo está localizada no Geisel, nas proximidades da avenida Nações Unidas. A Estoril atende a região da zona sul.

A Regional Noroeste da CPFL atende Bauru e mais 110 municípios do Estado, sendo que os principais são Bauru, Marília, Botucatu, Jaú, Lins, Araçatuba e São José do Rio Preto.

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