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Fábio e Miriam foram mortos dentro do apartamento |
Uma briga entre vizinhos terminou na morte de três pessoas no final da noite desta quinta-feira (23) em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. O crime aconteceu no condomínio residencial Bosque de Tamboré.
Por volta das 20h, Vicente D'Alessio, 62, invadiu o apartamento vizinho, que fica no andar superior, e atirou contra o casal, Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, após uma discussão sobre barulho.
Segundo o delegado Andreas Schiffmann, responsável pelo caso, a reclamação de D'Alessio era recorrente. Fábio Rubim era subsíndico do prédio, e trabalhava em uma multinacional. Sua mulher, Miriam Cecília, era dentista e faria aniversário hoje.
"O homem entrou no apartamento e, após um bate-boca, o dono se escondeu em um dos quartos, foi então que o atirador disparou três vezes contra a porta, sendo que dois tiros foram certeiros", disse Schiffmann.
Miriam, que estava no quarto com a filha de um ano e meio, ouviu os disparos, saiu e também foi atingida pelo vizinho. No total, o assassino, que tinha porte de arma, atirou seis vezes com um revólver calibre 38, que segundo a polícia, estava registrado em seu nome.
Logo após o crime, Vicente desceu para seu apartamento, recarregou a arma, foi ao elevador do prédio e cometeu suicídio. De acordo com o delegado, antes de cometer o crime o atirador havia dito para a mulher que iria "resolver o caso".
'Foi um dia de fúria'
O delegado Andreas Schiffmann, que investiga a morte do casal disse que eles também já haviam reclamado do barulho feito por D'alessio.
O casal era discreto e não fazia festas. "As reclamações de barulho feitas pelo atirador eram por conta de barulho de sapato no piso, por exemplo", disse Schiffmann.
"Foi um dia de fúria, igual ao filme. Isso é um problema da sociedade, que parece estar intolerante demais", afirmou.
Arma
De acordo com o delegado, D'alessio tinha apenas o registro da arma, mas não o porte dela. "Mesmo tendo o porte, não poderia sair de sua casa com ela".
O delegado afirmou que o atirador tinha uma doença chamada Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso e chegou a ficar internado por quase um ano. "Até onde me foi informado, é uma doença que deixa os músculos fracos, como uma geleia. Mas não é possível ter certeza se isso tem relação com a atitude dele", disse.
