As aldeias indígenas Kopenoty, Nimuendajú, Ekeruá e Tereguá, localizadas na Terra Indígena Araribá, no município de Avaí (SP), comemoram o resultado da safra da mandioca de 2012/2013. Comparado com a safra de 2011/2012, a área plantada teve um aumento de 58% e a renda da produção triplicou. O faturamento é resultado da implantação do “Projeto Microbacias II - Processamento da Mandioca”, uma parceria entre a Secretaria de Agricultura, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), e a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, através do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).

Com a implantação do projeto de processamento da mandioca que passa pelas etapas de colheita, pesagem, lavagem, corte, descascamento e acondicionamento, a caixa do produto final que antes custava R$ 8 subiu para R$ 18. Ao todo foram comercializadas 200 toneladas de mandioca processada, que proporcionaram um faturamento de R$ 160 mil, além da criação de 25 novos empregos diretos nas aldeias.

O projeto foi implantado para acabar com o desperdício da mandioca, cultura tradicional entre os indígenas, e agregar valor ao produto final. O método tradicional de vender o produto na roça acarretava desperdício, pois os compradores, na maioria das vezes atravessadores, só levavam as raízes maiores, gerando perdas de até 40% ainda na colheita.