Tribuna do Leitor

Fatos insignificantes podem ter consequências funestas


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Ofato que narro aconteceu comigo e poderia ter sido perfeitamente evitado se eu tivesse noções, ainda que rudimentares, sobre o assunto. Há aproximadamente um ano, ao ligar o chuveiro para tomar um simples banho, vi que saiu dele uma descarga elétrica semelhante a um relâmpago. Tomei um grande susto e comentei apenas com minha esposa. Por coincidência, nessa época, em razão da instalação de ar condicionado, havia sido trocada toda fiação elétrica da minha casa. Atribuí o fato a algum erro do eletricista. Três meses depois, eu estava de carona com o meu filho e percebi duas descargas elétricas, semelhantes àquela, que saíram do teto do carro, à minha esquerda. Pensei: o problema não é o chuveiro. Não comentei nada com ninguém. Dias depois comecei a ver "mosquitinhos" que, vez por outra, esvoaçavam na minha frente. Embora o problema se avolumasse, não dei a mínima importância ao fato. No dia primeiro de novembro de 2014, sábado, por volta de 11 horas, senti repentinamente o desaparecimento parcial de minha visão do olho direito.

À tarde, a visão reduziu-se a aproximadamente vinte por cento. Na segunda-feira, fui conduzido ao Hospital Oftalmológico de Sorocaba (não tenho dúvidas de que por interferência do mundo superior), onde foi constatado descolamento de retina (problema gravíssimo, até então sem nenhum valor para mim). Fui operado em regime de emergência, correndo sério risco de ficar cego dessa vista. Graças à bondade de Deus, estou me recuperando a contento, e a recuperação total da visão demanda um prazo de um ano.
Para melhor conscientização do leitor, afirmo que não sou diabético, tampouco hipertenso, não tenho colesterol nem triglicérides, fatores preponderantes para o ocorrido. Não sofri nenhum tipo de acidente, como uma queda, uma pancada; portanto não há explicação plausível para o ocorrido.
Por que a preocupação em divulgar este fato? Conversando com a equipe médica que me operou, foi-me dito que, se quando eu vi o primeiro "relâmpago" eu tivesse procurado um oftalmologista, todos esses desgosto, preocupação e temor teriam sido evitados mediante um simples tratamento. Pelo apoio divino que recebi, eu e minha família doamos todos os nossos órgãos a hospitais credenciados em transplantes.
A doação de órgãos é uma inequívoca prova de amor ao próximo e de caridade para com aqueles que sofrem em razão de problemas físicos que podemos e temos obrigação de ajudá-los a minimizar. Convido-o (a) a ser um doador ou doadora de órgãos e, consequentemente, estar mais próximo de Deus. Ligue agora para 0xx15-0800-770-3311 (Banco de Olhos de Sorocaba, BOS).
Quando se sente a dor é que avaliamos o sofrimento daquele que convive com ela. Guarde esta frase criada pelo grande filósofo Virgilio, escritor da epopéia Eneida, que narra a História de Roma: tendo conhecido a desgraça, aprendi a socorrer os infelizes.
Divulgue esta história por todos os meios possíveis, para que quando alguém, próximo ou não, começar a ver "relâmpagos", "mosquitinhos", procure imediatamente um oftalmologista, pois essa pessoa pode estar ficando cega em carácter irreversível, o que será evitado com um simples tratamento. Com este simples procedimento poderemos estar evitando o sofrimento de muitos de nossos semelhantes.

Edson de Oliveira

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