Os donos da opinião publicada que compõe o monopólio da comunicação brasileira se auto-intitularam os bastiões da ética e da moralidade nacional. Olvidaram-se de suas digitais sujas em apoios diretos, inclusive financiando setores que romperam a ordem democrática em 1964.
Esta casta de nossa mídia elitista que apoiou a ditadura militar hoje se dedica ao massacre de vitupérios contra o Governo Dilma, numa clara e indecorosa aliança com a direita brasileira alocada no PSDB. Praticam em nome da sociedade brasileira inúmeros crimes, uma vez que denunciam, julgam e condenam quem não se alinha com seus desígnios muitos dos quais antipátria. Hipocritamente, a Rede Globo, maior partido da oposição brasileira, que deve milhões em impostos aponta seus dedos sujos para falar em moralidade; artistas pagos a preço de ouro, muitos dos quais sustentados em milhões por meio de leis de renúncia fiscal gravam e falam em moralidade.
Óbvio que lugar de corrupto e de ladrão é na cadeia, seja ele petista, tucano, dono de meio de comunicação. A questão é a ética seletiva e o jogo sujo de proteger aliados e massacrar adversários, como no caso da operação Lava-Jato, e outras que a Polícia Federal fez nos últimos anos. Os critérios utilizados na ética seletiva que o monopólio da mídia usa é um verdadeiro escárnio.
Vídeos que mostram o doleiro corrupto Alberto Youssef dizendo claramente que o candidato à Presidência da República pelo PSDB, senhor Aécio Neves recebia propina da famosa lista de Furnas é ignorado escandalosamente. Contudo, qualquer batedor de carteira que diga que um porteiro filiado a algum partido que apoie o governo recebeu um trocado de propina, vira manchete e editorial na grande impressa monopolista no Brasil.
Veja o caso dos genes dos mensalões brasileiros: - o que envolvia o PSDB de Minas Gerais e seu ex-governador Eduardo Azeredo o processo não ira punir ninguém pelo simples fato de estar sendo empurrado para sua prescrição e nenhuma nota da grande mídia monopolista, nenhum editorial, nenhuma indignação de Arnaldo Jabor.
A questão no Brasil é que se os donos deste restrito e monopolista setor da impressa no Brasil, tem ideologia e posição política? São os velhos barões dos privilégios que se acostumaram a se locupletar nos governos que lhe foram subservientes, ou que eles se serviram.
A família Marinho, que apoiou o golpe de 1964, que escondeu o Movimento pelas Diretas Já em 1984, que apoiou e criou o Collor em 1989, estão dentre as famílias mais poderosas e ricas do Brasil. Segundo divulgação da Forbes, os irmãos Marinhos estão entre os dez mais ricos do Brasil, calculando suas fortunas individuais em perto de 8,2 bilhões de reais cada.
Mais do que isso, segundo divulgação uma outra hipocrisia destes paladinos da ética seletiva é a divulgação da lista dos que escondem dinheiro na Suíça, entre eles estão a família Frias da Folha de São Paulo, Família Saad da Bandeirantes, e, claro, Família Marinho, da Rede Globo, entre outras celebridades "éticas" tupiniquins.
É importante lembrar que não é crime ter dinheiro no exterior, desde que declarado e pago seus devidos impostos. Mas que é cômico se não fosse trágico ver que os grandes baluartes da "ética" não dão uma linha para explicar isso é. Viva a hipocrisia pátria, e vamos continuar lavando o Brasil com seus acharcadores de sempre.
Henrique Matthiesen