A aquaplanagem ocorre quando os pneus do veículo, ao passarem sobre uma lâmina de água, perdem o contato com a pista. O fenômeno é mais comum em rodovias planas e bem pavimentadas, quando o automóvel se desloca em alta velocidade. Embora a primeira reação seja pisar no freio, a iniciativa deve ser evitada.
Em períodos mais chuvosos, o problema é, consequentemente, mais comum. Portanto, tem potencial para levar mais gente aos hospitais. Para evitar acidentes, o motorista também deve estar atento à largura dos pneus, que é diretamente proporcional à probabilidade de aquaplanagem. Já a profundidade de seus sulcos é inversamente proporcional. Em piso molhado, a distância percorrida do momento em que o motorista freia até o momento em que o veículo para depende da banda de rodagem. A 120 km/h, um pneu com sulco de 2,5 milímetros precisa de uma distância 50% maior do que um pneu novo, que tem oito milímetros.
Os principais fatores para a ocorrência da aquaplanagem são a velocidade do veículo e o estado dos pneus. Quanto maior a velocidade, maior a dificuldade de drenar a água presente na pista, aumentando a espessura da lâmina d´água sob o pneu.
O que fazer?
Quando for surpreendido por uma situação dessas, mantenha a direção firme e evite freadas ou mudanças bruscas no volante. Tire o pé do acelerador aos poucos (sempre com o veículo engrenado) e mantenha o volante reto. Quando sentir que os pneus estão voltando a ter contato com o solo, vire bem pouco e suavemente a direção para a direita e para a esquerda até sentir que o carro recuperou totalmente a aderência.
Habilidade
Em uma situação em que, de repente, uma criança sai correndo pela frente de um ônibus parado, o motorista “treinado” à análise rápida de caso e reação, com dicas práticas, terá condições de evitar uma tragédia, destaca a especialista em curso de preparação de pilotos com aula de “direção evasiva” Suzane Carvalho.
“Nesta situação, o motorista que tem a formação tende a circular em vias de maior movimento e com pedestres já em baixa velocidade e, neste contexto, terá a resposta imediata de tirar o pé do acelerador e evitar o acidente. Isso é direção ‘preventiva’”, menciona a instrutora.
Pelo mesmo raciocínio, a direção “evasiva”, conta, é o conjunto de ações e reações para que o motorista saiba proceder em caso de enchente, a queda de uma ponte, manifestação pública em vias. “É preciso treinar o motorista a saber como comporta o veículo e o que é preciso fazer, qual manobra, qual conduta”, defende.
Para Suzane Carvalho, a realidade das ruas mostra deficiências básicas ao volante. “Ter o total domínio sobre seu veículo para se defender de qualquer situação de risco é essencial. A maioria dos motoristas ‘anda com o carro’ e não ‘dirige o carro’. Os cursos trazem exercícios práticos. É preciso saber controlar o carro em qualquer direção a qualquer velocidade, seja em aceleração, frenagem ou em curvas. É preciso compartilhar o espaço nas ruas e não disputá-lo”, sugere.
Seis razões para a ultrapassagem segura
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