Tecnologia

Google vai lançar smartphone 'para montar' em 2017


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O Google anunciou nesta sexta-feira (20) que venderá a partir de 2017 seu celular "modular", que pode ser montado e desmontado com câmera, bateria e outros componentes.
Uma versão para desenvolvedores cadastrados para o chamado Project Ara será liberada no quarto trimestre deste ano. Preço ou data exata não foram divulgados. O sistema será o Android.

Será o primeiro telefone fabricado e vendido pelo Google, apesar de já ter feito parcerias para o desenvolvimento da linha chamada Nexus, da qual alguns exemplares foram e são vendidos no Brasil.

A ideia é que os consumidores sejam donos de um celular por tempo indeterminado, trocando seus componentes conforme a tecnologia avança --ou mesmo segundo a vontade do usuário. Em um exemplo, o consumidor poderia trocar o tipo de lente de câmera (grande-angular ou teleobjetiva) para usar de acordo com a ocasião.

Módulos incluem alto-falantes, câmeras, bateria, armazenamento, telas secundárias e até ferramentas específicas, como medidores de glicemia. Outras possibilidades seriam um microfone ou uma lanterna mais potentes, botões físicos e "pezinhos".

Componentes que viriam como padrão seriam o processador, a tela principal, memória RAM e outros, como antenas de recepção de sinal.

Segundo a empresa, a troca de algumas peças não demandará reinício do celular --bastará desligar o componente antes de sua remoção.

Os módulos são unidos por tecnologia de conexão física e de transmissão de dados desenvolvida para esse fim, mais rápida e com menor demanda por energia que o USB.

À revista tecnológica "Wired" o diretor do projeto, Rafa Camargo, disse que a proposta é "criar a funcionalidade que o seu smartphone não tem hoje". "Vou te dar o celular [básico] para que você não se preocupe com isso."

Em abril, o Google anunciou a contratação de Rick Osterloh, que era o presidente-executivo da Motorola.

O projeto Ara foi criado em 2013 dentro da Motorola, antes da aquisição da empresa sediada na Grande Chicago pelo Google. Depois foi incorporado pela gigante de internet antes da mais recente passagem de mãos da Motorola, desta vez para a Lenovo.

O mais recente smartphone de topo de linha de outra fabricante, o LG G5, foi um dos primeiros a levar ao público a possibilidade de adicionar e remover módulos, de maneira semelhante ao que fazem os protótipos do Ara, mas mais limitada.

A recepção da tecnologia não foi unanimemente positiva e foi encarada como algo que compromete o design e o desempenho do smartphone.

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