Douglas Reis |
![]() |
Operação da DIG soluciona homicídios e tentativa, informa delegado Eduardo Herrera; tráfico também é alvo |
Em resposta ao “abril sangrento”, a Polícia Civil, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), deu início a uma operação que resultou no esclarecimento de dois homicídios e uma tentativa, ocorridos naquele mês. Um assassinato de 2015 também teve desfecho. Nessa sexta-feira (10), o delegado Eduardo Herrera afirmou que deverá concluir todos os inquéritos dentro de dez dias e representará pela prisão preventiva dos acusados.
Além disso, os quatro casos se aproximam pelo fato de terem relação direta com o tráfico de drogas e de os autores utilizarem meios que impossibilitaram a defesa das vítimas. Quanto aos crimes de abril deste ano, Herrera defende que a polícia deu uma resposta direta através da força-tarefa. Tanto que, segundo o delegado, não houve nenhum homicídio registrado no mês seguinte.
Da operação, Herrera revela que foram feitas, ao todo, 35 buscas e 25 reconhecimentos. “Também houve um trabalho direto para conter a ação do tráfico, aliado ao patrulhamento preventivo da Polícia Militar (PM), principalmente, nas regiões onde ocorreram os crimes esclarecidos recentemente: Parque Santa Edwirges, Fortunato Rocha Lima, Jardim Ivone e Jardim Chapadão”.
Vaso sanitário
O primeiro caso de homicídio que foi esclarecido pela polícia se deu no dia 3 de junho de 2015. O corpo de Luís Antônio da Silva, o Rambinho, de 44 anos, foi encontrado em uma casa localizada na quadra 6 da avenida Engenheiro Paulo Frontin, no Santa Edwirges. Conforme o JC noticiou, a arma do crime foi um vaso sanitário, encontrado perto do corpo. A vítima teve o dedo indicador esquerdo arrancado e levado como “troféu”.
Dois homens são acusados do crime: Maicon Domingues da Silva, o Neguinho, de 20 anos, e Juvêncio de Oliveira Antônio, o Moleque, de 32. O primeiro tem passagem por furto e o segundo, não possui antecedentes, assim como a vítima, que só tinha histórico de perturbação de sossego. O motivo do crime, segundo a polícia, foi uma dívida de drogas. Maicon foi preso e levado ao CDP de Bauru. Já Juvêncio está foragido.
Sete facadas
O outro homicídio esclarecido foi referente ao “abril sangrento” de 2016, ocorrido no dia 9 daquele mês. Luiz Paulo Aparecido Bernardes, o Didi, de 23 anos, foi morto com sete facadas, na quadra 2 da rua Evaldo Hinke Neto, no Fortunato Rocha Lima. O assassinato se deu a menos de 100 metros da casa onde a vítima morava com sua família.
Dois homens são acusados do crime: Maicon Domingues da Silva, que teria cometido o homicídio de junho do ano passado, e Marcos Ferreira, o Boquinha, de 32 anos. Este não tem antecedentes criminais e está foragido. Já a vítima tinha passagem por roubo, tráfico de entorpecentes e furto. O motivo do crime, segundo a polícia, também gira em torno de uma dívida de drogas.
Cinco tiros
O último caso de homicídio se deu no dia 17 de abril deste ano. Paulo Eduardo Basílio, o Du, de 29 anos, foi atingido com, ao menos, cinco tiros no pescoço e na cabeça, na quadra 3 da rua Alfredo Gonçalves D’Abril, Jardim Ivone. O crime ocorreu próximo ao endereço da vítima. Três homens são apontados como autores.
O trio desceu de um carro preto e Wellington Theodoro, o Neguinho, de 32 anos, teria disparado. Michael Theodoro, o Diel, de 21, seria o condutor do veículo. Jean Gomes de Souza, de 19, acompanhava os outros dois e, até o momento, foi o único a ser preso. Ele está no CDP de Bauru e tem passagem por furto. Os demais não têm antecedentes criminais. A vítima, por sua vez, já foi presa por tráfico. O motivo do crime também seria dívida de drogas.
Prisões por tráfico
Enquanto a polícia se mobilizava para esclarecer os casos de homicídio e tentativa, acabou prendendo três pessoas e apreendendo um adolescente por tráfico de drogas. No último dia 12 de maio, G.L., de 21 anos, e W.R.P.J., de 23 - só as iniciais foram divulgadas -, foram flagrados com cocaína dentro de um barraco localizado no Fortunato Rocha Lima. Uma semana depois, G.C.S., de 22, e um garoto de 17 foram flagrados com crack, balança de precisão e R$ 450,00 edentro de uma casa no Jardim Chapadão.
Tentativa de homicídio também é esclarecida
A Polícia Civil também esclareceu a tentativa de homicídio que ocorreu no dia 10 de abril deste ano. S.C.P. (a polícia pediu que só as iniciais fossem divulgadas), de 18 anos, levou cinco tiros em frente à casa de uma amiga, na quadra 1 da rua Paulo Rodrigues Prado, na região do Chapadão. Ela é irmã de Jeferson Correa Chaves, o Deco, de 22, acusado de matar um rapaz no dia 7 de abril. No mês seguinte, ele foi preso.
Deco soube do atentado contra sua irmã e, com medo de que a vingança se estendesse à sua esposa e filhos, atirou em Ebert Thiago Cortelo Bassoto, de 27 anos, que sobreviveu. O rapaz seria o condutor da motocicleta utilizada na tentativa de homicídio contra a moça. Contudo, a polícia concluiu que não era ele. Quem conduzia o veículo, na verdade, era Gabriel Cassiano da Silva, de 22, que já está preso no CDP.
Já a pessoa que atirou na irmão de Deco, segundo a apurou a investigação, foi Gustavo Ferreira Garcia, o Maranhão, de 18 anos, que está foragido. Ele não tem antecedentes criminais, mas seu comparsa, o Gabriel, possui passagem por tráfico. O motivo do crime, segundo a polícia, gira em torno de vingança, mas todos têm relação com drogas.
![]() |