Regional

Prainha de Iacanga enfrenta desafio

Rita de Cássia Cornélio
| Tempo de leitura: 2 min

Alex Mita
Praia de Iacanga tem muitos problemas como aguapé que deixa a água esverdeada e sem condições de uso pelos banhistas, além da precária infraestrutura

A prainha de Iacanga (50 quilômetros de Bauru) está longe do ideal. Há lixeiras quebradas, lixo, banheiros em péssimo estado de conservação, cheios de mofo, sem iluminação, chuveiro vazando, sem papel higiênico, um desleixo total na área de banho. A areia está suja e o rio sofre com os aguapés. A água está verde. Não há infraestrutura para receber turistas. 
Uma moradora das imediações concordou em falar com a reportagem do Jornal da Cidade desde que a identidade dela fosse mantida em sigilo. A mulher contou que pessoas menos avisadas frequentam a prainha sem pensar na saúde. “Nos finais de semana, famílias chegam da região e deixam as crianças entrar no rio, a frequentar os banheiros e eu acho isso um perigo. Doenças podem estar sendo transmitidas.” 
Nos finais de tarde, segundo a moradora, o rio cheira mal. “É um cheiro horrível. Odor de podre que entra pelo esgoto de nossas casas fazendo ficar insuportável. A água da torneira que usamos para banho é ruim e para beber buscamos água em uma mina.” 

Pouca frequência

A frequência da prainha é ruim.  “Especialmente no período noturno dos finais de semana. Vem gente de todo lado e liga o som alto. Meu marido acorda cedo para trabalhar, por volta das 5 horas e não consegue dormir. Fora o lixo que os frequentadores deixam espalhados pela areia. Uma coisa horrível.” 
O ajudante geral do município, Sílvio Domingos, faz a limpeza da prainha. Dia sim, dia não, ele limpa os banheiros e rastela a areia. Junta os aguapés para o trator tirar. “Todo dia tem uma quantidade enorme de aguapés. Mesmo assim, há frequentadores na prainha. Tem gente que vem fazer churrasco, tem gente que vem pescar.” 
O pescador José Laerte Vicente avisa que na beira do rio, na prainha é proibido pescar. “Eu pego o bote e vou para o meio do rio.  Pesco porquinho e tilápia. Vendo aqui mesmo. Nos finais de tarde o odor exalado pelo rio Tietê aqui é insuportável. Cheira estrume de vaca. Tá fraco de turistas.” 
O analista de sistema Nelson Nagamine mora em São Paulo e estava passando férias com familiares em Iacanga. “Vim só comprar peixe porque a prainha está bem descuidada.”

Prefeitura precisa de verba

A coordenadora de serviços municipais, Susi Kelly Ferreira diz que o município tem um projeto ousado para a prainha. “Estamos pleiteando a verba para execução do projeto, através do governo federal. Sem o recurso não temos como executar. A prainha está imprópria para uso. Não tem infraestrutura para banhista. Pessoal usa para pescar. Tem área de camping usada para piquenique, churrasco, mas a praia em si não dá para ser usada. Não temos previsão para colocar em ordem a prainha. Precisamos de R$ 2.5 milhões.”

 

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