Cansaço
Após 45 dias de campanha, dos quais 15 foram de muita intensidade, candidatos à Prefeitura de Bauru e seus respectivos vices, animação e confiança à parte, demonstravam sinais de cansaço nas atividades desta sexta-feira. Um deles revelou a um assessor o desejo de jantar comida japonesa. "É uma coisa que gosto tanto e não consigo fazer há dois meses". Outro parou de cumprimentar potenciais eleitores por 30 segundos e, dirigindo-se a um repórter do JC, desabafou: "Estou exausto...".
Só esperar
No geral, quem disputará o voto do eleitor bauruense amanhã já está satisfeito. A maioria entende já ter feito tudo o que estava ao alcance. Tanto é que Henrique Almirates (PRB) foi o único postulante ao Palácio das Cerejeiras a divulgar sua agenda deste sábado. Os demais cumprem agenda com menor rigor de horário. Querem "curtir" o contato com a população. Todos passarão pelo Calçadão da Batista na manhã ou na tarde de hoje.
Costuras
Como uma eleição já começa quando acaba a outra e como o segundo turno pode ser considerado uma nova eleição, já se costuram e se calculam eventuais alianças junto a prefeitáveis que serão derrotados e partidos de suas coligações em torno dos dois candidatos que poderão chegar à próxima etapa do pleito no domingo, se ocorrer.
Cadastros
Renato Purini (PMDB) entrou em contato com a coluna, na noite de ontem, para avisar que representará à Justiça Eleitoral contra Raul (PV) e Gazzetta (PSD). Os dois prefeitáveis - e outras tantos candidatos à vereança - pediram votos por meio de mensagens de texto pelo celular. O peemedebista acredita, porém, que, em razão da abrangência da estratégia, os adversários se valeram de compra de cadastro de telefones, prática vetada pela legislação.
Orçamento
Sem pompas, com o prefeito em viagem e o secretário de Finanças, Marcos Garcia, em férias, o governo enviou à Câmara Municipal o Orçamento para o exercício de 2017. Dos R$ 36 milhões que a administração precisava, inicialmente, reduzir em despesas para garantir equilíbrio entre gastos projetados e expectativas de receita, a equipe econômica conseguir diminuir R$ 27,5 milhões.
'Sem restos'
Os R$ 8,5 milhões restantes, a atual gestão pretende incrementar com recuperação da dívida ativa ao longo dos próximos 12 meses. Apesar do grande esforço para equacionar as demandas apontadas pelos gestores das secretarias de governo com a arrecadação projetada, a Prefeitura de Bauru, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que o município "encontra-se com as suas contas em dia, e não levará ao novo governo restos a pagar sem lastro financeiro".
Nem tanto
Como já noticiado pelo JC, contudo, o facão pesou sobre a Saúde, que terá em 2017 orçamento menor do que os gastos previstos para este ano. A secretaria já avisou sobre a necessidade de reduzir serviços e há riscos de cortes, inclusive para o exercício em vigência.