Papel do prefeito
Nenhum estrategista de Raul e Gazzetta desconsidera a importância de Rodrigo Agostinho no segundo turno. Ainda ontem à noite, Gazzetta, ao telefone, cortejou o "amigo de longa data". Raul também dialogou com Agostinho, igualmente ao telefone, e conta com gente que o prefeito gosta em sua chapa. Já Rodrigo disse que "vai conversar com o partido", mas não deixou de reconhecer seu "peso pessoal" no segundo turno.
Quer ser deputado
Rodrigo anunciou, ainda ontem, que vai reunir o secretariado nesta semana para definir o que terá de ser realizado como prioridade ou ajustado até dezembro. Ele também confirmou que vai atuar diretamente para a efetividade da transição. Outra afirmação do dia da eleição: "Tenho desejo de ser deputado daqui a dois anos".
Sobre transferência
A performance de Purini (13,94% dos votos) gerou ponderações ontem, de analistas. Segundo eles, o vereador entrou depois na disputa, enfrentou resistências a seu nome, não fez pré-campanha e era sabido que não tinha a preferência total do prefeito. A transferência de votos de Rodrigo a Purini não se efetivou nas urnas como Purini esperava, embora a figura pessoal do prefeito tenha boa densidade junto ao eleitorado.
Dança das cadeiras
A eleição à Câmara tem variáveis esperadas, como a não reeleição de Roque Ferreira (PSOL) e Roberval Sakai (PMB) em razão de seus partidos ou aliança não terem atingido o coeficiente eleitoral (9.833 votos) para preencher uma cadeira. De outro lado, Markinho da Diversidade (1.775 votos) entrou em parte graças aos 10.122 votos de Manfrinato.
Sem representação
Já o PSDB fica sem cadeira pela falta de menos de 900 votos. Toninho Garmes entraria. Se os votos de Mantovani e Jorge dos Santos fossem considerados, o juiz aposentado seria eleito. No PDT, os mais de 2 mil votos de Fabiano o colocariam na vaga de Manoel Losilla (1.759 votos). Aliás, em poucas cidades do País PSDB e PT ficaram sem vereadores. Bauru foi uma delas. Nem a vice-prefeita Estela Almagro conseguiu se eleger.
Atrás de 91 mil eleitores
O volume de abstenções, votos nulos e brancos soma 91 mil eleitores. As candidaturas terão, agora, a missão de convencer esse contingente a participar do pleito. Esse fator derrubou o coeficiente eleitoral para 9.833 votos. De outro lado, os votos dados a candidatos indeferidos, mas que mantiveram seu nome na urna, somaram 5.325.
Distribuição política
O resultado do primeiro turno em relação à formação da Câmara traz, na letra fria, oito vereadores eleitos pelo time de Gazzetta, quatro de Raul, quatro de Purini e um de Almirates. Nas suplências, entretanto, inúmeros candidatos conquistaram mais de 1.000 votos e poderão desempenhar papel fundamental no segundo turno. Depois de eleito, o futuro prefeito, seja quem for, terá a faca e o queijo na mão parta ter maioria na Câmara.
Gratidão manifestada
Um dos novatos na Câmara, Roger Barude (PPS) encontrou Rodrigo Agostinho no Café com Política do JC, ontem à noite. O prefeito lembrou do trabalho de Barude à frente da Semel, enquanto o novo parlamentar agradeceu o prefeito. Da próxima Câmara, seis são novos.
