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Marcha marca 130 anos da Lei Áurea

Thiago Navarro
| Tempo de leitura: 2 min

Douglas Reis
Nina Barbosa também cobrou políticas públicas contra as desigualdades entre negros e brancos

O Conselho Municipal da Comunidade Negra de Bauru discutiu, ontem pela manhã, a abolição da escravidão no Brasil, cuja lei completa 130 anos hoje. A data foi marcada por uma marcha realizada no Calçadão. O objetivo principal da iniciativa local foi denunciar a violência ainda cometida contra os negros no País, destaca Nina Barbosa, segunda secretária da entidade.

De acordo com ela, o ato reuniu cerca de 100 pessoas, que se organizaram na Praça Rui Barbosa para um café da manhã e, em seguida, seguiram pelo Calçadão até o cruzamento com a Rua 13 de Maio, local conhecido como 'esquina da resistência'. "A gente completa os 130 anos da abolição, mas muita coisa não mudou, sem avanços para os negros", frisa Nina Barbosa. "A violência ainda persiste, assim como também a violência obstétrica de mulheres grávidas pobres, sendo a maioria negra", comenta.

Ela destaca ainda que é necessário cobrar políticas públicas dos governos municipal, estadual e federal para reduzir a desigualdade e permitir a melhor inclusão dos negros na sociedade brasileira, uma vez que formam a maioria da população do País, embora até hoje sem as mesmas condições e oportunidades.

Por conta da injustiça, nos dias atuais, indicadores reiteram mais pobreza e desemprego entre os negros, na comparação com brancos. "Até hoje, morrem mais negros por conta da violência no País, é algo que precisa mudar", enfatiza.

Flores

Além da marcha do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Bauru, o sábado foi marcado por outras atividades no Centro, como a Feira Ubá, na Praça Rui Barbosa, e a distribuição de flores, realizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) para as mães que passaram pelo Calçadão. O PPS também fez distribuição de bombons para as mães, que tem sua data comemorada hoje.

 

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