Miami - Autor de uma chacina que deixou 17 pessoas mortas, Nikolas Cruz foi condenado à prisão perpétua por um júri nesta quinta-feira (13). Ele matou 14 estudantes e três funcionários da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, uma pequena cidade ao norte de Miami, em fevereiro de 2018.
O principal promotor do caso, Michael Satz, pediu a pena de morte para o réu de 24 anos, insistindo que o tiroteio foi "um massacre sistemático" planejado com meses de antecedência, mas o júri descartou a possibilidade.
O assassino, então com 19 anos, foi à escola da qual havia sido expulso um ano antes por motivos disciplinares. Em apenas nove minutos, matou 17 pessoas e feriu outras 17, usando um fuzil semiautomático.
Cruz se declarou culpado pelos assassinatos no ano passado. Durante o julgamento, ele pediu desculpas pelos crimes e que pegasse prisão perpétua.
Durante a leitura do veredito nesta quinta, em um tribunal em Fort Lauderdale, Cruz olhou fixamente para a mesa da defesa enquanto vários parentes das vítimas no setor público balançavam a cabeça, desapontados com a sentença. Melisa McNeill, advogada de Cruz, pediu compaixão ao júri. Ela descreveu o réu como um jovem problemático nascido com transtorno de uma mãe que lutou contra a falta de moradia, o alcoolismo e o vício em drogas, antes de colocá-lo para adoção. Ela disse que o promotor tentava desumanizar Cruz, a quem descreveu como "um jovem frágil, com danos cerebrais e mentalmente doente".