Internacional

Japão aceita suspeita de crime contra a Igreja da Unificação

FolhaPress
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Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ordenou nesta segunda-feira (17) uma investigação sobre a Igreja da Unificação, depois que o assassinato do ex-premiê Shinzo Abe trouxe à tona a existência de laços entre a seita e políticos do partido governista.

Kishida instruiu o ministro da Educação e Cultura, Keiko Nagaoka, a preparar um inquérito sobre o culto sob a Lei das Corporações Religiosas. "Quero resolver questões relacionadas à igreja", disse o premiê ao Parlamento, acrescentando que a investigação deve começar este ano.

ASSASSINO DELATOU

A seita está no centro das atenções desde a divulgação de que o assassino de Abe foi motivado a cometer o crime por ressentimento contra esta fé, acusada de pressionar seus membros a fazerem grandes doações em dinheiro.

Segundo o assassino, Tetsuya Yamagami, sua mãe foi à falência por causa do pagamento do dízimo. De acordo com a imprensa japonesa, ela vendeu sua casa e terrenos há mais de duas décadas para fazer uma doação de cerca de US$ 700 mil (R$ 3,8 milhões).

A Igreja da Unificação afirma que todas as doações são voluntárias.

Yamagami também culpou Abe por promover a igreja. O ex-premiê chegou a participar como palestrante pago em um dos muitos eventos organizados pelo grupo religioso.

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