Internacional

Rússia deixa 30% da Ucrânia no escuro

FolhaPress
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Kiev - A Rússia destruiu 30% das centrais elétricas do país invadido em 24 de fevereiro. Novas ações nesta terça (18) deixaram parte de Kiev e de outras regiões do país no escuro e sem fornecimento de água novamente.

A acusação foi feita pelo presidente Volodimir Zelenski no Twitter, enquanto a prefeitura da capital confirmava duas mortes nesta manhã (madrugada no Brasil), números que podem ser muito maiores. Ele chamou os ataques de "terroristas", deixando "nenhum espaço para negociações com o regime de Putin". 

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pediu a moradores que conservassem energia e guardassem água potável. Já em Jitomir, o prefeito Serhii Sukhomlin disse que o blecaute e a falta de abastecimento são totais. "Os hospital estão usando geradores", afirmou ao site público Suspilne.

Em Moscou, o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov, por sua vez deixou clara novamente a ameaça nuclear do Kremlin. Questionado por repórteres se os quatro territórios ucranianos anexados no dia 30 passado estavam sob o guarda-chuva atômico russo, ele foi claro.

"Todos esses territórios são parte inalienável da Federação Russa e todos são protegidos. A segurança tem o mesmo nível da oferecida ao resto do território russo", afirmou. Ainda não se sabe, contudo, qual exatamente é a fronteira da qual ele fala, já que Moscou não controla totalmente as áreas ocupadas.

Por outro lado, nas últimas semana houve uma estabilização aparente das linhas de frente que Zelenski havia conseguido romper em Kherson (sul) e em Dontesk (leste) - esta a província sob menor controle de Putin, com cerca de 60% do território nas mãos russas.

Parte da dinâmica foi mudada após o ataque atribuído à Ucrânia contra a ponte que liga a Crimeia, anexada por Putin em 2014, à Rússia continental, no dia 8 passado. Dois dias depois, já com um novo comandante instalado em campo, os russos passaram a atacar alvos de infraestrutura civil com mísseis de longa distância e enxames de drones kamikaze.

Peskov foi questionado também sobre os drones, comprados do regime aliado de Teerã, que tem um avançado programa na área. Disse que o Kremlin "ignora" o emprego de tais armas, embora haja evidência fotográfica e de imagens abundantes. 

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