![]() |
Os maias o chamavam de "a bebida dos deuses"; virou moeda para os astecas; e se tornou barra no século 19, na Europa. O chocolate, cujo o Dia Nacional é celebrado hoje, é um produto idolatrado pelo mundo antes mesmo de a ciência descobrir seus benefícios. Benefícios, isso mesmo! Você sabia que consumir três quadradinhos (cerca de 15 gramas) por dia pode ajudar a melhorar a disposição e a diminuir o colesterol ruim (LDL)?
A regra, contudo, vale para adultos e considera apenas o consumo do produto que possui teor de cacau acima dos 70%, alerta a nutricionista Nara Aline Costa.
Docente do curso de Nutrição da USC e doutora na área, Nara cita que os benefícios do cacau, fruta base do chocolate, se resumem em sua ação antioxidante e em sua composição formada por flavonoides (o mesmo composto presente em frutas e vinhos), vitaminas A e B12, além de ferro zinco, magnésio e potássio. A capacidade de liberação da serotonina, neurotransmissor que regula o humor, também diferencia o alimento.
"O consumo é recomendado, assim como das castanhas e alimentos integrais, que são menos calóricos e possuem mais fibras. Mas tudo depende do equilíbrio e da variedade na nutrição", comenta a profissional.
BOM PARA TPM
Na tensão pré-menstrual, a famosa TPM, por exemplo, os efeitos são ainda mais perceptíveis. "A redução do magnésio na mulher com TPM causa mal-estar, irritabilidade e indisposição. E o chocolate, além de repor esse magnésio, libera serotonina, substância antidepressiva e que causa bem-estar".
Nara alerta, contudo, que o consumo além das 15 gramas diárias pode engordar. Diz ainda que o chocolate com teor menor que 70% de cacau ameniza e até neutraliza os efeitos benéficos. O mesmo vale para receitas que misturam o produto com outros alimentos engordativos.
Proporcionalmente, o chocolate ao leite costuma ter cacau em 30% de sua composição, o restante é leite e gordura. No chocolate branco, não há cacau.
A reação do paladar humano ao amargo é o que afasta, muitas vezes, as pessoas dos chocolates com teor superior a 70%. "Fisiologicamente temos essa restrição ao amargor por causa das plantas venenosas. É algo de proteção. Mas é questão de costume, o paladar se adapta", finaliza a especialista.