Ontem foi o Dia da Bandeira, data cívica comemorativa instituída 4 dias após a Proclamação da República, no ano de 1889, para que os brasileiros e brasileiras pudessem reconhecer e reverenciar o maior símbolo representativo da pátria. A atual bandeira foi criada pelo artista plástico Décio Villares como resultado de uma adaptação da bandeira do império mantendo o desenho básico do losango amarelo sobre um fundo verde, substituindo o escudo português ao centro por um círculo azul adornado por estrelas brancas que representam os Estados e uma faixa com os dizeres "Ordem e Progresso", lema positivista do filósofo francês Augusto Comte.
O culto à bandeira é a mais patriótica das tradições cívicas brasileiras e a nobre presença do símbolo augusto da paz deve enaltecer sempre a grandeza do Brasil, sua soberania, servindo como expressão do nosso amor à pátria, pela reafirmação da crença em seus valores. Por isso é de lamentar ver a nossa bandeira ser utilizada de maneira desrespeitosa, abrigando os corpos das pessoas quando em manifestações populares, agitadas freneticamente nas competições esportivas, estampadas em camisetas, toalhas e até biquínis, cujas práticas são proibidas por lei.
Algumas instituições, como por exemplo a Maçonaria, mantêm firme a tradição de reverenciar a bandeira do Brasil em todas as suas cerimônias magnas, executando o hino magistralmente composto por Olavo Bilac, permitindo-se externar todo o afeto que se encerra nos peitos juvenis, conforme sugere a letra do poeta.
Nossa bandeira merece o maior respeito e que sua imagem seja uma visão perene de fé, de patriotismo, despertando em cada cidadão brasileiro a exata compreensão de seus deveres, privilegiando a honestidade, o bem comum em detrimento dos interesses pessoais, de modo que a sociedade seja cada vez mais enriquecida com homens livres e de bons costumes.
Deve também nos lembrar sempre da existência de um imenso manancial interior que faz brotar os melhores sentimentos para com Deus, a pátria e a família, que estão disponíveis para serem compartilhados.
Somente assim poderemos projetar o Brasil ao seu radioso porvir, legando às gerações vindouras uma nação onde se possa vivenciar a paz, a liberdade, a igualdade e a fraternidade, sempre sob o abrigo sagrado do pavilhão da justiça e do amor, cujas cores predominantes formam uma combinação singular, que a torna extremamente bela, emocionante e inconfundível. Merecido deve ser o preito que a ela hoje rendemos, pois homenageá-la é uma honra, defendê-la um sagrado dever e venerá-la um autêntico privilégio.