Contexto Paulista

Fapesp financiará pesquisas para combate à Covid-19

25/03/2020 | Tempo de leitura: 4 min

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou duas chamadas de propostas no valor de R$ 30 milhões para direcionar iniciativas de pesquisa ao combate do novo coronavírus (SARS-Cov-2), que provoca a doença covid-19. O objetivo é estimular micro e pequenas empresas a desenvolver projetos que resultem em inovações tecnológicas voltadas ao diagnóstico e tratamento dos doentes. Diz a Fapesp: A expectativa é que a comunidade de pesquisa e as empresas de base tecnológica do Estado de São Paulo ofereçam soluções que contribuam para o combate à covid-19, com a mesma disposição e competência com que enfrentaram outras infecções emergentes, como a dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

Pesquisadores serão mobilizados

Na primeira chamada, a Fapesp disponibilizará R$ 10 milhões suplementares para redirecionar projetos de pesquisa já em andamento – nas modalidades Temático, Jovens Pesquisadores, Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) e Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) – para a compreensão, redução de risco, gestão e prevenção da covid-19 e do coronavírus. A expectativa da Fapesp é mobilizar pesquisadores do Estado de São Paulo a trabalhar no desenvolvimento de testes diagnósticos, terapias e procedimentos terapêuticos, no estudo de aspectos críticos da infecção viral, na pesquisa em procedimentos clínicos, na identificação e avaliação das respostas imunes, nas investigações epidemiológicas e na pesquisa sobre a contenção e minimização de comportamentos contraproducentes para a epidemia, entre outros desafios que cercam a nova doença.

Kits diagnósticos e ventiladores

Os projetos de pesquisa devem ter duração de 24 meses e o valor máximo de cada proposta será de R$ 200 mil. O prazo para submissão de projetos vai até 22 de junho de 2020. Na segunda chamada, a Fapesp oferece uma linha especial de financiamento, no âmbito do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE-Fase 3), em parceria com a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), no valor de R$ 20 milhões, para apoiar micro e pequenas empresas e startups dispostas a aplicar ou escalonar processos ou produtos inovadores relacionados à doença, a exemplo de kits diagnósticos, ventiladores pulmonares, equipamentos de proteção aos profissionais da saúde, soluções de tecnologias digitais e inteligência artificial para os serviços de saúde ou atendimento aos pacientes.

Prioridade a startups

No PIPE-Fase 3, resultado de um acordo entre a Fapesp e a Finep, as empresas devem realizar, em até 24 meses, o desenvolvimento comercial e industrial de produtos ou processos. Nesta chamada, cada projeto aprovado contará com até R$ 1,5 milhão. O prazo para submissão de propostas é 6 de abril de 2020, podendo ser republicado por mais 15 dias, caso a demanda das propostas submetidas seja inferior aos recursos disponíveis. Segundo Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da Fapeps, serão selecionados projetos apresentados por startups e empresas com até 250 empregados para desenvolvimento de processos e serviços inovadores, de forma que os produtos resultantes possam ser colocados no mercado em uma situação emergencial. Ele se refere ao desenvolvimento de testes diagnósticos, ventiladores pulmonares portáteis e soluções digitais para controle da disseminação do vírus.

Frase

“O combate a epidemias e doenças em geral é sempre um processo complexo, que exige ações técnicas, pessoal treinado e decisões políticas fundamentadas na ciência. Os dois editais emergenciais da Fapesp se destinam a financiar o desenvolvimento de boas ideias para o combate à epidemia, tanto no que diz respeito ao conhecimento científico relativo ao agente, seus efeitos no organismo e tratamentos, como em seus aspectos tecnológicos, em especial à criação de produtos e serviços que melhorem a nossa capacidade de reação” – Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp.

Sebrae apoia

Os donos de pequenos negócios que enfrentam os impactos negativos causados pela pandemia do novo corona vírus podem contar com a ajuda da plataforma Mercado Azul (www.mercadoazul.sebrae.com.br), criada pelo Sebrae, para anunciar e encontrar fornecedores de produtos e serviços , de forma gratuita, em todo o país. A ferramenta funciona como uma vitrine digital para as micro e pequenas empresas que buscam novos canais de venda, divulgação e presença digital visando a manutenção dos negócios. Além de dar mais visibilidade aos pequenos negócios, que representam 99% das empresas brasileiras, o objetivo do Sebrae é retomar a campanha “Compre do Pequeno Negócio”, que valoriza as micro e pequenas empresas.

Assegurar empregos

O segmento, em especial nesse momento de crise, sofre com o fechamento dos comércios e limitação da circulação de pessoas. Para a analista de Soluções do Sebrae, Louise Machado, a internet ganha ainda mais importância para os pequenos negócios neste momento de crise. Segundo ela, a plataforma Mercado Azul consegue dar visibilidade aos negócios com o uso de técnicas nos buscadores: “As pessoas estão buscando produtos e serviços na internet por uma questão de segurança. Daí, a necessidade cada vez maior de dar visibilidade aos pequenos negócios no mundo digital”, diz.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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