José Milagre

A tecnologia por trás do voto eletrônico

15/11/2020 | Tempo de leitura: 2 min

O que acontece quando você digital o número do seu candidato e confirma? O que se passa a partir deste momento? A tecnologia das urnas é desenvolvida pelo TSE e seis meses antes das eleições o sistema é aberto para várias instituições para que elas verifiquem os programas adotados. Após esse processo, os programas são lacrados e blindados, passando então por várias assinaturas digitais. Lembrando que uma cópia do sistema fica no cofre do Tribunal Superior Eleitoral, para possíveis verificações.

Instalação

Assim que o software é instalado nas urnas, é feita a verificação das assinaturas. Vale lembrar que as urnas passam por testes de sistema e hardware durante o ano, atividade que testa e verifica o sistema usado. Pode-se dizer que as boas práticas de segurança da informação são sim adotadas no processo que utiliza as urnas eletrônicas.

A história das e urnas eletrônicas no Brasil

O voto eletrônico no Brasil começou a ser introduzido nas eleições de 1996, porém só se estabeleceram por todo o Brasil como o sistema único de voto em 2000, quando já haviam urnas suficientes, enquanto isso, países tecnológicos como Canada e EUA se mantiveram utilizando o voto em papel. É importante destacar, porém, que ao contrario do que muitos pensam, existem Estados nos Estados Unidos em que se usa voto eletrônico. A justificativa para o uso das urnas segundo o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino foi que existia muita intervenção humana. E quando há intervenção humana temos três características. Lentidão, prática de erros e possibilidade de fraude pela manipulação da informação.

Como os votos
são calculados

Antes de dar início aos votos, é impressa uma lista chamada zerézima, em que todos os candidatos são listados com o objetivo de verificar que nenhum deles possuem votos nas urnas. Tal lista é assinada pelos mesários, fiscais e presidente da seção. Quando as votações acabam, o presidente da seção eleitoral digita uma senha para encerrar o processo, a urna emite 5 vias do boletim de urna onde será informado o total de votos, partidos políticos, votos em branco, votos nulos, número da seção etc. Os dados das urnas são salvos em uma memória que só irá ser aberta e lida em um local de zona eleitoral onde terá sua autenticidade verificada. Então, os dados são transmitidos para o Tribunal Regional Eleitoral que os transmitem ao TSE, todo esse processo é feito por um canal seguro e os dados são criptografados.

E o que acontece
se a urna falhar?

Em caso de problemas com a urna, ela pode ser substituída por uma reserva, já previamente preparada. Desse modo, o cartão de memória da urna defeituosa é colocado na urna reserva para que a coleta dos dados aconteça de forma normal. Caso o problema não possa ser resolvido, uma outra solução é o uso de cédulas em papel.

Exerça o voto!

Exerça o voto com consciência e não abra mão deste importante instrumento de participação política! Seu voto tem poder!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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