O ex-radialista Joel Evans morreu na noite deste sábado (23), aos 77 anos, em decorrência de complicações causadas por uma pneumonia. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, na Capital, desde novembro do ano passado. Após ser velado na sala 4 do Centro Velatório Terra Branca, o corpo dele foi sepultado neste domingo (24), às 13h30, no Cemitério Parque Jardim do Ypê, em Bauru. Joel deixa a esposa Sueli Aparecida Tabaquim de Araújo, com quem foi casado por 51 anos, o filho Joel de Araújo Júnior e dois netos.
Batizado como Joel de Araújo, ele disse em entrevista ao JC concedida em 2019 que adotou o nome "Joel Evans" por causa da profissão. "Na verdade, nasci Joel de Araújo, mas quando fui trabalhar com o Horácio Cunha, um grande cara, ele disse 'esse nome não vai pegar' (risos) e me batizou de Joel Evans", contou.
Nascido em Três Lagoas (MS), ele mudou-se com a família para Bauru quando tinha quatro anos e morou grande parte da sua vida na região do jardim Bela Vista. Em setembro de 1972, sofreu um grave acidente de carro e ficou paraplégico. Durante 49 anos, viveu em uma cama hospitalar instalada em sua casa.
Mesmo com todas as adversidades, ele sempre estava sorrindo e se definia como um "otimista nato". Joel atuou em emissoras de rádio de Bauru, como a Terra Branca, a PRG-8 e a Auri-Verde, e na Rádio Marconi, na Capital. Também trabalhou como bancário, no Banco do Brasil, onde aposentou-se após o acidente.
A esposa dele contou que, durante esses dois meses de internação em São Paulo, ele permaneceu em uma UTI humanizada, onde podia ficar em contato com a família. "Com dois anos de casados, nós começamos nossa luta. E sempre deu certo. Sempre fomos muito apegados a Deus e sempre fomos vitoriosos", diz.
Somando o tempo de casamento com oito anos de namoro, Sueli conta que eles viveram juntos por quase 60 anos. "Nossa corrida acabou hoje. Mas ele sempre foi um guerreiro", declara. "O Joel foi um homem que não tinha medo, enfrentava tudo, nunca reclamou e sempre foi à luta, com fé no Senhor e fé em Maria".