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Promotores emitem nota de apoio a Enilson Komono

VITOR OSHIRO
| Tempo de leitura: 2 min

Após a polêmica envolvendo o promotor de Saúde Pública de Bauru, Enilson Komono, e o governo do Estado sobre a adaptação da fase vermelha na cidade, um grupo de 17 promotores de Justiça, com atuação na comarca de Bauru e região, emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (28), para apoiar e prestar solidariedade a Komono por conta das declarações feitas pelo coordenador do Centro de Continência da Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo.

O documento é assinado pelos seguintes representantes do Ministério Público (MP): Gustavo Zorzella Vaz, Henrique Ribeiro Varonez, Fernando Masseli Helene, Lucas Pimentel de Oliveira, Jerônymo Crepaldi Júnior, João Henrique Ferreira, Djalma Marinho Cunha Filho, Paulo Sérgio Foganholi, Hercules Sormani Neto, Luiz Carlos Gonçalves Filho, Julio Cesar Rocha Palhares, José Carlos Carneiro de Oliveira, Ricardo Takashima Kakuta, Luis Claudio Davansso, André Gândara Orlando, Daniel Passanezi Pegoraro e Guilherme Sampaio Sevilha Martins.

Depois de notificar Bauru a cumprir a fase vermelha, o Estado apontou que esperava a atuação do MP. Enilson Komono, porém, veio a público na terça-feira (26) dizer que apoiava a decisão de Suéllen, fez críticas ao Estado e complementou que o índice usado no Plano São Paulo era "enganoso". No dia seguinte (27), em coletiva, Gabbardo respondeu de forma dura a Komono, afirmando que ele "demonstra absoluta ignorância no assunto e irresponsabilidade" e o chamou de "promotor da doença".

'EXCELÊNCIA'

Diante das declarações do Estado, os promotores enviaram nota ontem. "Profundo conhecedor da realidade sanitária de Bauru, dr. Enilson desenvolve trabalho de excelência, e vem atuando com esmero e dedicação nas políticas públicas voltadas à curadoria da saúde municipal, notadamente durante a pandemia. Sempre pautado pelo equilíbrio e bom senso, seu trabalho tem sido alicerce sólido para as boas e eficazes políticas públicas sanitárias de Bauru, tendo como consequência o efetivo amparo da população, em especial a mais carente", aponta o comunicado.

Os promotores apontam que os esforços de Komono "vêm de muito antes do início da pandemia, valendo fazer menção às medidas tomadas pela Promotoria de Justiça da Saúde Pública diante da política adotada pelo Governo do Estado na cidade de Bauru, muitas vezes omissa diante da demanda observada na região".

"A título de exemplo", continua a nota, "cite-se o constante embate para o funcionamento do Hospital das Clínicas da USP, que, mesmo finalizado desde 2012, jamais colocou seus 200 leitos em funcionamento, o que, se tivesse acontecido, não levaria a região à realidade deficitária hoje vivenciada".

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