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Perdas no ensino ainda são incalculáveis, diz secretário

Guilherme Tavares
| Tempo de leitura: 2 min

As perdas pedagógicas ocasionadas pela pandemia são gigantescas e ainda incalculáveis. A afirmação é do secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares. Ele esteve em Bauru nesta sexta-feira (17), na Escola Estadual Professor Walter Barreto Melchert, no Octávio Rasi, para anunciar a liberação de R$ 2,4 milhões em recursos para reformar três unidades da região.

Na visão de Rossieli, somente com o retorno das aulas presenciais será possível dimensionar o prejuízo pedagógico para toda uma geração de alunos afetada pela pandemia. "É um retrocesso muitas vezes maior para as crianças que mais precisam, por conta da desigualdade da sociedade. A primeira forma de recuperar é voltar", afirma o secretário, defensor da retomada do ensino dentro da sala de aula. "Por que as crianças são as últimas a voltar? A gente anda em todos os lugares e está tudo aberto, bar, praia, e a escola é o último lugar? Não faz sentido. Garantimos os protocolos. Distanciamento, higienização, a criança só tira máscara em determinados momentos", afirma.

Além da Escola Walter Barreto Melchert, que receberá R$ 345 mil, a Escola Monsenhor Bicudo, em Marília, contará com R$ 247 mil e a Escola Fernando Costas, de Lins, receberá R$ 1,8 milhão em investimentos. Grande parte dos recursos foi destinada justamente para a retomada das aulas presenciais.

Desde 2019 o governo tem implantado a gestão descentralizada dos recursos, com participação ativa da direção da escola e da comunidade na decisão da aplicação do dinheiro. "Fica difícil um secretário, com mais de 5 mil escolas (no Estado), saber o que cada uma precisa. Então a gente preferiu dar condições para que elas acertem". Rossieli também entregou uma creche em Bocaina, cujo investimento foi de R$ 1,3 milhão.

RODÍZIO

O retorno das aulas presenciais ainda é optativo. Em Bauru, a maior parte das 53 escolas estaduais recebe os estudantes de forma alternada: 50% em uma semana, na semana seguinte o restante da turma. "Os alunos voltaram (presencialmente) muito mais do que a gente estava esperando. Ainda não conseguimos receber todo mundo porque temos que garantir um metro de distanciamento. Não abrimos mão da segurança, da saúde, dos protocolos", explica a dirigente regional de Ensino, Gina Sanchez. A rede estadual da região conta com 56 mil estudantes em 16 municípios.

 

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