Wagner Teodoro

A marca da superação

17/10/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Depois de um começo vacilante, o Noroeste "se achou" na Copa Paulista e chega à última rodada da primeira fase dependendo apenas de seu resultado para se classificar. O time bauruense virou o turno com apenas um ponto e segurou a lanterna da chave em determinado momento. Mas a reação veio. Desde a partida que fechou o turno, fora de casa, contra o XV de Piracicaba, já ficou uma impressão positiva da equipe. O Norusca fez um bom primeiro tempo e acabou punido com um gol do adversário quando dominava. O duelo foi marcado por muita reclamação alvirrubra em dois lances de penalidade. Uma marcada e outra, não. Primeiro em finalização de Leleco que foi desviada com o braço por defensor do XV na área. A arbitragem mandou seguir o jogo. Depois, em disputa de bola entre Maycon e jogador piracicabano. Ali foi anotado o pênalti. Os noroestinos contestaram ambas.

Mas arbitragem à parte, apesar da derrota, o Noroeste mostrou naquele confronto que poderia reagir. E seguiu para um returno 100% até aqui, saltando para sete pontos na vice-liderança do grupo. Agora, a vaga pode vir até com um empate com o São Bento. Não há nada conquistado, mas uma equipe que parecia para muitos mera figurante demonstrou qualidades e ganhou moral para o momento de desfecho da fase inicial.

A campanha do Noroeste em campo ganha valor quando analisamos todo o contexto da disputa para o clube bauruense. Com estádio interditado, comissão técnica e elenco perdem o fator casa como trunfo. Os mandos de jogo longe de Bauru obviamente impactam negativamente. Jogar em Araraquara ou Mirasssol, apesar da hospitalidade encontrada nestes locais, é muito diferente, e pior, do que atuar no próprio campo, no gramado que treina. Aliás, treinamento também foi mais uma dificuldade para o Noroeste. Porque a interdição impediu o time de trabalhar no Complexo Damião Garcia. Independentemente de até onde avance o Noroeste na Copa Paulista, é necessário respeitar e reconhecer a superação, esforço e brio da equipe diante de impasse sobre a participação, começo de preparação tardio e tantos problemas externos que "entram" no campo.

Quedas nas semifinais

Sesi Vôlei Bauru e Zopone/Unimed caíram nas semifinais de seus respectivos Campeonatos Paulistas. Porém, o "sabor" que ficou em ambas as eliminações foi diferente. No caso do Sesi, claramente a queda foi amarga, porque a equipe poderia mais. Tenho certeza que, a exemplo da torcida, jogadoras e comissão técnica experimentaram grande frustração. Na há dúvida, a final esperada por todos que acompanham vôlei era Bauru x Osasco. Mas a equipe bauruense, após abrir o playoff com vitória, esteve irreconhecível - longe do que mostrou na fase de classificação, quando liderou invicta - nos dois jogos finais da série melhor de três contra Barueri. Não encontrou alternativas em quadra e acabou superada duas vezes pela jovem equipe adversária por 3 sets a 0, não deixando margem para muita contestação. Uma pena.

O Bauru Basket cumpriu com a expectativa inicial. O desempenho do time ao longo do Estadual, a boa e rápida evolução, criaram certa perspectiva de que pudesse fazer uma final, surpreendendo os favoritos Franca e São Paulo. Dono da segunda melhor campanha da fase de classificação, foi eliminado nas semifinais com duas derrotas no clássico com o Franca - antes, ganhara duas vezes do rival, uma no turno e outra no returno. Uma participação positiva, classificação de acordo com o atual momento do projeto.

Agora, Sesi Bauru e Zopone/Unimed se preparam para o principal desafio da temporada: os Nacionais. Os Estaduais servem como uma boa "pré-temporada" para o nível de exigência daqui para frente. Na Superliga e no NBB "sobe o sarrafo" técnico e também a quantidade de equipes que almejam algo mais do que mera participação, algo que nos Paulistas é comum. Evolução e regularidade mais que desejáveis, são necessárias.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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