Wagner Teodoro

Quem ficará no alto da gangorra?

21/11/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Depois de viverem altos e baixos, com sequências de maus resultados e treinadores contestados e, logo após, invencibilidades que devolveram a paz e a confiança, Palmeiras e Flamengo chegam à decisão da Libertadores, no próximo sábado (27), para definir quem fica no topo da gangorra que marcou os dois clubes desde que se classificaram para a final.
Ambos se apresentam para o jogo mais importante do ano com jogadores em recuperação, técnica ou fisicamente. Casos de Mayke, que volta de cirurgia e deve ser titular na lateral direita palmeirense, e Felipe Melo que retomou moral e espaço no meio-campo-campo alviverde, além de Gustavo Scarpa, que perdeu e retomou protagonismo entre os titulares. No lado rubro-negro, Arrascaeta e Pedro vêm sendo trabalhados há bastante tempo para estarem aptos para a finalíssima, além de Bruno Henrique e Rodrigo Caio, mais recentemente.

Em um embate entre um time que tem destaques, mas pode se sobressair pelo jogo coletivo e outro com individualidades desequilibrantes (sem querer, aqui, usar o "titês"), a postura de seus treinadores deve ser determinante.

Abel Ferreira será corajoso de escalar o melhor Palmeiras ofensivo recente diante do poderio flamenguista em jogo único? Gustavo Scarpa e Raphael Veiga atuarão juntos com Dudu e Rony na frente? Mais: vai propor jogo, agredir? Ou será um time meramente reativo, esperando para jogar no erro adversário?

Renato Gaúcho, que não é lá um gênio tático, terá o Flamengo ideal em mãos? Dependente do talento de suas estrelas (bem mais do que o português), poderá contar com elas em quais condições? Arrascaeta, por exemplo, deve sentir falta de ritmo de jogo. Michael, atacante rubro-negro que vive a melhor fase, estará em campo? Se Arrascaeta volta e Bruno Henrique reunir condições de jogo, como o técnico vai montar este quebra-cabeça, tendo ainda Gabriel, Everton Ribeiro, sem abrir mão dos volantes Arão e Andreas Pereira?

Salvação da temporada

Ambos os times são cascudos, com jogadores acostumados a decisões e a decidir. Não por acaso, e também pelo poder financeiro, são os dois campeões continentais mais recentes. No entanto, o título da Libertadores 2021 e o direito de entrar no seleto rol dos tricampeões vale a salvação da temporada.

O Palmeiras fez três finais até aqui, perdendo todas - São Paulo, Flamengo e Defensa y Justicia, respectivamente, no Campeonato Paulista, Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana. Mesmo assim, a pressão por título deveria ser menor no clube, que vem de três conquistas em 2020, mas é enorme e encerrar a temporada de mãos abanando deve gerar turbulência.

No Flamengo, ocorre o mesmo. Os títulos carioca e da Supercopa não contentam a insaciável e exigente torcida, que não digeriu a eliminação vexatória frente ao Athletico na Copa do Brasil, com goleada em casa, e vai assistir ao Atlético-MG levantar a taça do Brasileirão, que estava na Gávea há dois anos. Há quem diga que nem o caneco da Libertadores garante a continuidade de Renato Gaúcho. Se perder, será enorme a frustração em relação às expectativas para a temporada.

Furacão bi da Sula

E na "preliminar" da finalíssima da Libertadores deu Athletico na decisão da Copa Sul-Americana. O Furacão venceu o Red Bull Bragantino por 1 a 0 com um golaço de Nikão, no Estádio Centenário, em Montevidéu, em uma partida marcada por poucas emoções e com o time do Paraná fazendo uma jornada taticamente irrepreensível. O meia-atacante, ídolo rubro-negro, firma seu nome de vez na história do time paranaense.

E o Furacão se torna o primeiro clube brasileiro bicampeão da Sul-Americana - ganhou também em 2018. São Paulo, Internacional e Chapecoense sao os outros times do País que já levantaram a taça da competição. Com o título, o Athletico reforça sua relevância recente no cenário continental e pode ainda terminar o ano com uma nova conquista, já que decide a Copa do Brasil com o xará mineiro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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