Contexto Paulista

Municípios descobrem nos atrativos rurais potencial para o ‘turismo de experiência’

06/02/2022 | Tempo de leitura: 4 min

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), que reúne prefeituras de todo o país, acaba de detectar a tendência do chamado “turismo de experiência” nos municípios. “As propriedades rurais saíram na frente”, diz a entidade. “Os fazendeiros que têm lavouras ou criações de animais perceberam que receber visitantes, hospedá-los e proporcionar vivências reais é altamente lucrativo, principalmente no momento atual, em que a pandemia de Covid-19 fortalece cada vez mais esse tipo de turismo”. O turismo de imersão rural proporciona oportunidade de percorrer sítios, fazendas de famílias tradicionais, aprender sobre a cultura e história, sobre o tipo de cultivo e as tradições locais. E mais: essa modalidade de turismo beneficia as comunidades locais social e economicamente. Além de estimular a atividade econômica nos municípios, o turismo promove o desenvolvimento da infraestrutura local, que atende à população, como estradas, aeroportos, saneamento básico, saúde e segurança, em razão do efeito multiplicador na economia gerado pela implantação da atividade turística nos Municípios.

Pet friendly

A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo está realizando um mapeamento de destinos turísticos que recebem animais domésticos em seus meios de hospedagem e atrações. A ideia é criar um catálogo de municípios paulistas pet friendly, uma espécie de guia online que ajude na decisão sobre a viagem, além de mobilizar todo o setor sobre a importância desse segmento de negócio. É a primeira vez que o estado de São Paulo faz um diagnóstico dos municípios e empreendimentos que atendem a este mercado. Vão constar no guia os estabelecimentos que puderem ser acessados virtualmente por site oficial ou rede social, para seja possível consultar informações atualizadas.

Famílias multiespécies

Restaurantes e atrações turísticas já aceitam os bichinhos e oferecem espaços especialmente pensados para eles. Algumas pousadas exibem selos pet friendly que atestam uma edificação segura aos animais e rede de funcionários treinada para receber os novos hóspedes. Alguns municípios paulistas inclusive já mudaram suas leis para aceitar cães e gatos em locais antes proibidos, como praias.

Granja tecnológica

O estado de São Paulo passará a abrigar uma nova granja tecnológica em Lorena, no Vale do Paraíba. A unidade do Grupo Mantiqueira, lançada nesta quinta-feira (3), é fruto de um investimento inicial de R$ 40 milhões. Ela começou a operar parcialmente e, quando estiver concluída, em 2023, abrigará 1,2 milhão de aves e produzirá até 1 milhão de ovos por dia. O investimento total será de R$ 120 milhões. A nova granja será referência em sustentabilidade, bem-estar animal e adoção de medidas para neutralizar a emissão de CO2. A logística montada para o escoamento da produção buscou minimizar o impacto ambiental, com caminhões elétricos ou movidos pelo biogás produzido pela própria granja, a partir dos dejetos das galinhas poedeiras. Outro destaque fica por conta do uso de ninhos automatizados, que exigem o mínimo de intervenção humana e garantem mais segurança alimentar e maior conforto para as aves.

Galinha que cisca

Além disso, a unidade adota o conceito cruelty-free (livre de crueldade, em português). Quer dizer que ao invés de ficarem presas em gaiolas, portanto impossibilitadas de ciscar, abrir as asas ou empoleirar, que são comportamentos naturais, as aves ficam soltas em um galpão.

Perfil

Criado na década de 1980, o Grupo Mantiqueira é o maior produtor de ovos da América do Sul, com um plantel de 12,8 milhões de galinhas. De suas granjas saem, por ano, cerca de 2,7 bilhões de ovos. O faturamento projetado para 2021 foi de R$ 1 bilhão, 38,5% maior que o do ano anterior. O Grupo emprega 2,3 mil pessoas e conta com cinco unidades: duas em Minas Gerais, uma no Mato Grosso e duas no estado de São Paulo.

Bioplástico paulista

Estudo realizado pelo Grupo de Compósitos e Nanocompósitos Híbridos (GCNH) do Departamento de Física e Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Ilha Solteira, trouxe contribuição importante para o descarte correto de embalagens. Os resultados foram divulgados na revista Polymers. Em todo o planeta, são produzidos anualmente mais de 350 milhões de toneladas de plásticos e estima-se que 85% do lixo presente nos oceanos seja constituído por esse material. O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial, com a produção de aproximadamente 11 milhões de toneladas por ano. O agravante é que a maioria das embalagens plásticas é fabricada a partir de fontes não renováveis, como o petróleo.

Para fabricar seu “bioplástico” – ou “plástico verde”, como também é chamado –, o grupo utilizou como matéria-prima principal a gelatina incolor de tipo B, extraída do tutano de boi e facilmente encontrável em supermercados e outros estabelecimentos comerciais.

Em Itu

Anunciada a criação em Itu, no Interior Paulista, de um Polo Industrial e Tecnológico que deverá ocupar uma área de 1 milhão de metros quadrados, às margens das rodovias SP-75 e SP-79.

Esta coluna é publicada pela Associação Paulista de Portais e Jornais e pode ser lida também no site www.apj.inf.br. Publicação simultânea nos jornais da Rede Paulista de Jornais, formada por este jornal e outros 15 líderes de circulação no Estado de São Paulo.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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