José Milagre

Como analisar criptomoedas e NFTs e identificar golpes e fraudes?

20/02/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Não é preciso muito esforço para identificar notícias da crescente onda de pessoas se interessando cada vez mais pelas criptomoedas. No Brasil, o número de "investidores," se é que podemos tratá-los com este termo, cresce vertiginosamente. Inúmeras financeiras fazem anúncios ostensivos e até mesmo certa "propaganda enganosa" das "moedas do século", as "5 altcoins com rentabilidade de 5000%", "a cryptos dos 10000%", dentre outras chamadas que vem atraindo milhares de pessoas, sem qualquer conhecimento do mercado, riscos, volatilidade e que muitas vezes não medem as consequências de investir grande parte do patrimônio.

Quais os riscos?

Em meio a inúmeros projetos, muitos evidentemente, bem embasados, cresce no escritório de advocacia especializado em criptomoedas a procura por vitimas lesadas por Scammers, projetos falsos, fakes ou lançados por criminosos com o intuito de capitalizar, arrecadar altas cifras de dinheiro e, na sequência, desaparecer. São portais com códigos maliciosos, falhas nos contratos, fundadores concentrando grande parte dos fundos, dentre outras manobras que despercebidas, podem lesar investidores menos atentos e causarem profundos danos.

Auditoria e investigação de criptomoedas e projetos: pontos

a) Considere analisadores como CoinMarketCap e Coinbase. Neste portais, é possível ver importantes metadados ligados aos tokens, como site oficial, links para comunidade no twitter, reddit e outros, o White paper, o endereço do contrato e outros dados como market cp, volume, quais os mercados onde ela está disponível, por qual criptomoeda pode ser adquirida dentre outros

b) Analise o site do projeto. Veja se realmente contém informações indispensáveis para segurança do referido projeto. Avalie cuidadosamente o site e se está devidamente estruturado. Cuidado com sites falsos, criados para fazer com que você conecte sua wallet e perca tudo. Investigue em fontes abertas os dados dos registrantes e onde está hospedado

c) Pesquisa reputacional. Analise notícias e quem comenta sobre a coin. Avalie também se existem influencers comentando e aderindo, se existe alguma noticia de fraude, dentre outros pontos ligados à informações;

d) RoadMap. Trata-se do documento ou gráfico que condensa as etapas do projeto, informando datas de atualizações, como o projeto está elaborado, quando o jogo será atualizado (em se tratando de games), dentre outros

f) Os desenvolvedores. Investigue quem está por trás do projeto. São pessoas ou comunidades consolidadas ou desconhecidos? São pessoas que já se envolveram em outros bons projetos consolidados? A exemplo, Charles Hoskinson, fundador da Cardano, co-fundou a Ethereum, o que não deixa de ser um bom indicativo;

g) Composição da maioria das coins. Importante verificar como está a distribuição das coins, para se evitar o esvaziamento do projeto. A exemplo uma cripto lançada onde um holder tem 70% das coins e apenas 30% está no contrato, caracteriza um risco. Agora imagine este titular tirando estas criptos… Teremos poucas vendas, teremos a queda do projeto.

h) Ratings. Algumas plataformas podem avaliar, por meio de métricas, a saúde dos projetos de criptomoedas. Considere uma consultoria de avaliação e perícia em criptomoedas que detenha e aprecie métricas consolidadas e referenciadas e elabore um parecer para potenciais investidores;

Fique ligado!

Estes são apenas alguns dos inúmeros pontos que uma consultoria de risco e segurança da informação em projetos de criptomoedas poderá desenvolver para clientes, fintechs e compradores. E você, já começou a investir em criptomoedas? Envie sua mensagem para consultor@josemilagre.com.br

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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